NA RODOVIÁRIA
 
 

Espero o ônibus das 19 h pro Castelo.

Cansada demais.

Desde as 8:30 h em função, providências e etcs. e etcs. necessários feitos nas ruas de Petrópolis.
Não sei como consegui fazer tanta coisa. Sozinha. Pra ter tudo pronto pra cirurgia da catarata.

Fazer uma delas já era o bastante. Mas tinha que ser tudo.

Mas a determinação e querer voltar pro Rio, pra minha casa, onde não tenho ninguém a me esperar, só eu mesma no meu lugar.

Sinto vontade de chorar. Choro de criança sem a quem dar a mão.

Faz tanto frio nesta rodoviária ampla de superfícies geladas de marmorite e aço inox.

Quero mais é abraçar alguém. Um desses passantes,
apertar, sentir o calor.


O humano.

Um dia exaustivo.