Professores e Professores

PROFESSORES E PROFESSORES

POR HARIANE ALVES

Alguns professores que passaram pelo meu caminho, e até outros que tenho ouvido falar, fazem-me questionar o real papel do professor. O professor não deveria ser aquele que estimula o conhecimento? Aquele que inspira os alunos? Aquele que antes de conhecimentos prontos, paradigmas ultrapassados, reconhece que além de ensinar, é capaz também de aprender?

Enquanto aluna, sempre gostei de observar meus professores, e esta característica me acompanhou do ensino fundamental ao universitário. Venho de uma família precedida por professores, mãe, tias, primos e até mesmo amigos próximos. E isto ratificou o meu orgulho pela profissão. Essa para mim, é uma das profissões em que o ‘gostar’ fala mais forte. Ser professor é um constante desafio, além de ser acima de uma profissão comum, uma vocação.

Existem é claro aqueles (anti)profissionais, que consideram-se quase que semi deuses, entre nós pobres mortais. À estes, foi-lhes dado o conhecimento supremo, que os fazem realmente acreditar que só a sua verdade conta, que ao invés de inspirar os alunos, amedronta, faz perder o interesse e até mesmo à detestar a profissão. À este, não interessa muito o que o outro esta aprendendo, o mais importante é a nota, além de que se orgulha em apontar as falhas e até mesmo em dar notas baixas.

Existem também, aqueles que pouco se importam, que encaram a profissão como uma mera obrigação a ser cumprida, fazendo pouca ou nenhuma diferença na vida do aluno. Desse tipo de professor, eu tive muitos, e que cabe dizer, que nada acrescentaram ou retiraram de mim. Foram meros passantes em meus anos de estudos, significando apenas um buraco vazio em minhas recordações.

E por fim, existem aqueles que fazem toda a diferença; que além de ensinar a matéria, prepara os estudantes para a vida; onde sua paixão pela profissão resplandece em cada aula. A estes, eu chamo de mestres. E foram estes profissionais que me fizeram entender o que é ser professor, que me inspiraram a buscar mais, a vencer o meu cansaço e ate a preguiça na busca por fazer melhor. Com estes, eu aprendi a aprender, e pude entender que existem profissionais e profissionais, e que isto faz toda a diferença. Hoje pouco me lembro de algumas matérias de 5 à 6 anos atrás, mais lembro perfeitamente dos mestres que tive e do que de fato me ensinaram.

(Texto dedicado ao meu melhor professor de TGA, prof. George :)

Tx. de Freitas – BA, 23 de março de 2011