FIM DO MUNDO
Os europeus foram os primeiros a desfrutar das maravilhas da civilização. O império romano teve suas incursões pelo Egito, pela Grécia e se espalhou pelo resto da Europa e depois para o resto do mundo. Aproveitaram o que tinham e o que não tinham direito, através das conquistas e pilhagens de terras dos outros. Riqueza e glória nunca lhes faltaram. Exceto em intervalos de algumas guerras. Acabavam sempre achando gente para ajudar a repor os escombros, afinal, pela posição estratégica no globo, podem ser um aliado em potencial para qualquer demanda bélica ou mesmo humanitária entre os quatro pontos cardeais do globo. Aproveitaram tanto que acho que andam meio enfastiados. Não querem mais saber de reproduzir a população (por outro lado também não querem que ninguém de fora vá pra lá para ficar muito tempo). Se for de país pobre, então, nem pensar! Eles também são os povos que nos dão as primeiras dicas sobre o que vamos fazer depois que chegarmos ao patamar onde estão de evolução humana: voltar às origens, respeitar a natureza, o território alheio, cultivar bons hábitos alimentares, não poluir, etc, etc, etc.
Atualmente andam mais preocupados com o fim do mundo. Podem estar entediados, mas morrer ninguém quer, não é mesmo? O Cofre do Fim do Mundo* construído na Noruega tem capacidade de guardar numa profundidade demais de 100 metros, bilhões de sementes de plantas para salvar a agricultura mundial e produzir novos alimentos em caso de catástrofes naturais como derivadas de mudanças climáticas, além de meteoritos, radiação nuclear de guerras ou outras intempéries que destruam a vida no planeta.
A gente já sabe que é na Noruega, país relativamente pequeno; ótimo, teremos muito tempo para procurar onde fica o “túnel da vida”. Eu, na minha inquietante ignorância fico perguntado aonde a gente conseguirá as chaves das portas da esperança para abrir o lugar caso seja um sobrevivente?
* Texto produzido baseado em matéria que li aqui: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/02/080225_cofresementenoruegafn.shtml