A visita de Obama

 

            Parece indiscutível que o presidente Barack Obama veio firmar posição no Brasil.

            Muito se falava das comitivas de Lula.  Obama não fez por menos.  Mil pessoas na comitiva, a maior parte delas composta por homens de negócio, que fecharam vários acordos.

            O Wall Street Journal destacou na manchete de hoje, 21 de março de 2011, que as relações Brasil - Estados Unidos precisam se consolidar.  Ora, tanto isto é verdade que o próprio presidente americano veio cumprir esta tarefa.  O país é líder absoluto, no momento, da América Latina.  Econômica e politicamente.

            Para se ter uma idéia do crescimento brasileiro, em 2010 de 7,6% do PIB, batendo todos os países, menos China, começa a assombrar a comunidade financeira mundial.  Espera-se para este ano a maior safra agrícola de todos os tempos.  É evidente que tal fato não é segredo para outros países.  Ou seja, o americano do norte, nosso principal comprador, está seguro com o indispensável fornecimento.

            Outro fato de suma importância é o político.  Dilma tem-se portado como deve um chefe de Estado.  Sóbria, eficaz e sem dar importância a problemas políticos menores.  Inspira confiança.  Está no poder para resolver o duro problema brasileiro, e não ficar apoiando este ou aquele lugar de política não democrática.  O cínico Hugo Chávez acaba de declarar que se perder as eleições do ano que vem, não entrega o poder.  Ou seja, está pedindo outro Lee Oswald, e vai encontrar.

            Enfim, Obama não veio pregar no deserto.  Quer produtos e paga bem.  Quer apoio e dá apoio.  Jogo de interesses, sem dúvida.  Mas jogo limpo. 

Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 22/03/2011
Código do texto: T2864761
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