PROMESSA DE AMOR
 
Ontem ao assistir e participar de uma das tantas palestras que houve sobre o dia da poesia, eu vi e fiquei pasmo ao ouvir como um poeta ama e sofre por ter seu coração em frangalho, despedaçado por ainda alimentar um amor que por muito tempo supre por alguém que tanto amara e fizera inúmeras promessas de amor.
 
Este poeta enquanto nos contava seu causo, nos mínimos detalhes e numa prosa descontraída fez nos vivenciar o que poderemos dizer sobre quem ama e não se sente amado. Ele nos contou em detalhes sobre o sofrer de um homem que vive apaixonado tanto que se tivéssemos na pele dele talvez até chorássemos tanto que fora impressionante ouvir todo detalhe expressado em suas palavras o que decerto ele  passara.
 
Pois, quando ainda adolescente, entre seus dezessete anos conhecera uma linda jovem e por ela se enamorou logo a primeira vista. Naquele tempo não tinha essa de ficar, nem tampouco de namorado ficar muito a vontade na casa dos pais, muito que podíamos fazer era sentar lado a lado e num descuido de um irmão da namorada, tascávamos um beijo um no outro, mas não era nada fotográfico como vemos hoje no programa do Rodrigo Faro. Eram muito simples estes beijos, um beijo de quem realmente gostava de quem estava próximo, vivenciando detalhes de uma vida a dois, imagine como realmente era antes...
 
Mas, voltemos ao caso, ele namorou esta pessoa, a Norminha. Assim ele deixou escapar o nome dela. Passaram algum tempo namorando e ele cada vez mais apaixonado, tanto que a meu entender não era somente paixão ele amou demasiadamente. Porém por ela ser de família abastada, sua família como era realmente conhecida de quase por todos daqui da Paraíba, o nome do Coronel Viana era conhecido até por alguns que viviam no Rio Grande do Norte, por Recife e Olinda, este coronel não permitia que este amor continuasse e terminou proibindo sua filha de continuar namorando nosso amigo por causa do mesmo trabalhar como mensageiro dos correios e telégrafos.
 
Pobre rapaz, que tanto imaginou casar com aquela que já morava dentro de seu coração, e que por ironia do destino tivera que partir e amargar os enganos e as desilusões. Enganos e desilusões porque a meu ver se ela sentisse o mesmo que hoje ele ainda sente teria enfrentado todas as impossibilidades.
 
Tanto que chegou para a mesma depois de ter passado alguns perrengues, e lhe dissera que para não vê-la sofrer, “santa ingenuidade”, não iria contra a família dela e, portanto teria que sair do local onde morava e partiria para o norte do país, precisamente para um lugar em Rondônia onde lá poderia continuar seus estudos, e se formar em jornalismo, profissão que tanto idealizara ser, e assim fez.
 
Detalhe; formou-se e hoje enquanto se encontra lá por estas bandas do norte, precisamente de Arquimedes todo ano na data em aniversariam, este envia flores para o ser amado, simbolizando o amor que pela mesma mantém isto já há mais de cinqüenta e poucos anos. Ela se encontra viúva e com um casal de filhos.
 
E assim concluindo, posso entender que o amor enfrenta muitas barreiras, mas quando o mesmo é eterno para sempre ele dura. Dura tanto, que tanto chego a imaginar levar o amor que sinto além deste lugar. Esta promessa de amor que o amigo fizera ele hoje proclama com todo brio que um homem poderá vir ter.