Carência, amor e o descompasso!

Para tratar desse tema nada melhor que uma peleja pra quebrar o gelo:

Será que toda mulher é carente,

Ou mal sabe o que sente,

Contido ou latente...

E camufla os sonhos veemente

na felicidade escondida...

Carência é uma condição humana, como uma espécie de desamparo, o que não impede uma gama de possibilidades e singularidades para administrar esse sentimento. Porque não se estender a interesses, a diversão, a uma boa reflexão.

Será que você já admitiu sentir carência? Ora, mas fomos criados em um universo em que todos foram gerados para ter um par amoroso. Fomos condicionados a uma busca incessante de alguém que supra todas as suas necessidades. Então você passa a vivenciar um mito que aprisiona todos os seus valores, as suas crenças, já que você projeta e transfere para alguém tudo que busca em você. (O mito do amor romântico, a busca da felicidade, necessidades e expectativas).

Quais são os modelos tradicionais? Qual a receita perfeita já que somos frutos das imposições sociais. É, temos que nos bastar, não precisamos buscar alguém que nos complete em todos os sentidos possíveis e imagináveis, e sim, buscar alguém que apenas te complemente, sem sacrifícios! Por que não buscar um novo prisma em que cada um possui sua potencialidade e apenas se fortaleçam juntos.

Dessa forma, podemos amenizar o descompasso de nossas frustrações, essas que depositamos desesperadamente no outro.

Toda essa idealização surge como um veneno para relação a dois, o que tende a piorar quando você passa a culpar seu parceiro por toda sua insatisfação. Mas então, será ele o culpado de não atender o ”modelo” perfeito desenvolvido por técnicas altamente elaboradas em seu castelo de cinderela. Será ele culpado por não te acordar com mensagens adocicadas, por não te mandar flores ou te fazer declarações inesperadas ao longo do dia. Não, não é bem assim, não vamos radicalizar.

O fato de você aprender a lidar com seus sentimentos e administrar melhor sua carência não implica em transformar-se em um bloco de gelo e abster-se dos mimos dignos de um belo romance. O ideal é poder buscar um meio termo entre ambas as situações, manter a mente elevada, e deliciar-se dos frutos saudáveis que o amor pode proporcionar a você. Enobrecer a sua vida e o seu coração são alguns deles. Então: se entregue e mergulhe nas ondas desse mar. O mais importante é ter coragem e amar. Reformular toda essa visão e sentir-se exclusivamente livre para viver sem medo de ser feliz!

Larissa Albuquerque
Enviado por Larissa Albuquerque em 22/03/2011
Reeditado em 22/03/2011
Código do texto: T2863627
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