A Visita do Contraste.

Nós, brasileiros, há algumas semanas observamos pela mídia os helicópteros de última geração utilizando nosso espaço aéreo, apenas como preparativo para que o Presidente da Superpotência Americana, pudesse desembarcar com segurança no país Tupiniquim. Evidente que o procedimento é absolutamente normal, até porque em se tratando de tal celebridade todos os cuidados são poucos, levando-se em consideração o alcance dos atritos internacionais agregados à arrogância do povo norte americano.

Não diferente a comitiva que desembarcou com todo o aparato de movimentação visando atender a essa demanda internacional de segurança, já que um contingente de cerca de 1.000 pessoas estavam atrelados a essa dinâmica de trabalho que visava dar proteção a toda família da Casa Branca, considerando que Barack Obama, encantado com as belezas naturais do Rio de Janeiro-RJ não quis desfrutar sozinho desse cenário e, para tanto, trouxe consigo mulher e filhas que fizeram parte de todas as solenidades oficiais. Isso fez com que pousasse no Aeroporto do Galeão um esquadrão de aviões, ou seja, o colossal jato politurbinado que deve reservar no seu interior um conforto impecável e mais quatro outros que traziam automóveis e utensílios bélicos, além de pessoal de logística que se encarregou diretamente dos trabalhos de vigilância, já que no Brasil esse tipo de movimentação oficial é absolutamente desnecessário, em face de não possuirmos inimigos no mundo terrorista.

Evidentemente, depois de instalado num Hotel Luxuoso do Rio, o presidente Barack Obama sentia-se mais um turista do que propriamente um homem público de tamanha expressão neste Universo. Ora, quem deixaria de se curvar ante as belezas naturais da Cidade Maravilhosa que, depois de extirpar a guerrilha urbana do tráfico, tornou-se muito mais encantadora, já que os turistas não se confundem mais na sensação de deslumbramento misturado com medo.

O fato é que quando o Estadista mostrou-se para a galera privilegiada no Theatro Municipal do Rio, exibiu todo seu carisma e toda sua eloqüência de oratória, demonstrando bom conhecimento da história do Rio de Janeiro, como também, em alguns instantes, pronunciando um arrastado português com o fim de poder enfatizar com maior exatidão a sua sensação de admiração pelo nosso Brasil, embora, nessas questões diplomáticas nem sempre são ditas as palavras que se pronunciam nos Gabinetes.

Ficou a sensação que neste momento da história está confirmada a nova fase do americanismo, ficando para trás aquele ranço e mau agouro que se poderia tirar de uma visita de um Presidente Americano, como George W. Buch, por exemplo, já que o nome desse último Presidente era pronunciado com gosto de sangue.

É verdade que o País do Tio San não abriu mão da sua senha pela guerra e pela interferência em países de pouca expressão, entretanto, temos de reconhecer que novos tempos tomam conta da ideologia americana, mormente ante o reconhecimento de países como o nosso que, mesmo ainda não sendo considerado desenvolvido, mostrando pobreza nas suas periferias urbanas, marcha com firme de propósito de alcançar essa meta e, por isso, já começa a ser considerado um parceiro no mundo da evolução industrial e tecnológica, diante da necessidade de se buscar alternativas para a biosfera que se encontra no seu limite tolerável graças a países como de Barack Obama que nunca teve interesse em rever seu avanço no processo de poluição do Globo Terrestre.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 21/03/2011
Reeditado em 21/03/2011
Código do texto: T2861882