Espelhamento
Águida Hettwer
Não há remédio, para retardar ou parar o tempo, de voltar atrás em nossas decisões, ou fazer diferente naquele exato segundo, pois o momento é único e singular. Sob a máscara do “bom senso”, muito sangue foi derramado na história da humanidade, palavras ditas com sabor de veneno, foram tomadas em um só gole.
De difícil digestão, até hoje buscamos compreensão dos fatos e respostas. A integridade humana foi desrespeitada, crianças precocemente desabrocham para o mundo, sem que o mundo a possa acolher, somos frutos de uma sociedade inconseqüente e hipócrita, que estimula a violência de si próprio.
Na perda de valores, na corrupção dos princípios, no modelo e padrão que os meios de comunicação nos impõem abertamente, nas letras das musicas, tão ricas de baladas, e tão pobres de conteúdo literário, na moda dita pelas novelas, no bandido que virou mocinho, afinal ele tão “galã sorridente”, que arranca suspiros por onde passa. Para depois apontar o dedo, sem soluções concretas.
Onde não se perde um capítulo, entretanto, nos capítulos constituídos da vida real, se perde tanto tempo com coisas banais e sem nexo. Os diálogos cada vez mais raros, o papel de pai e mãe, são substituídos, por massinhas de modelar, desenhos animados, ambiente virtual, e jogos tridimensionais.
Será que é o tempo o responsável por nossas perdas. Num exercício de auto-avaliação, reflexão de tudo que há em nossa volta, das pessoas que julgamos importantes para o nosso viver, contudo, viver é vivenciar algo e isso só é possível, quando estamos disponíveis para tal. A experiência que adquirimos e passamos adiante, é um legado deixado como herança. Não esqueçamos que as crianças fazem espelhamento e a dinâmica do afeto é recíproca.
18.03.2011
Águida Hettwer
Não há remédio, para retardar ou parar o tempo, de voltar atrás em nossas decisões, ou fazer diferente naquele exato segundo, pois o momento é único e singular. Sob a máscara do “bom senso”, muito sangue foi derramado na história da humanidade, palavras ditas com sabor de veneno, foram tomadas em um só gole.
De difícil digestão, até hoje buscamos compreensão dos fatos e respostas. A integridade humana foi desrespeitada, crianças precocemente desabrocham para o mundo, sem que o mundo a possa acolher, somos frutos de uma sociedade inconseqüente e hipócrita, que estimula a violência de si próprio.
Na perda de valores, na corrupção dos princípios, no modelo e padrão que os meios de comunicação nos impõem abertamente, nas letras das musicas, tão ricas de baladas, e tão pobres de conteúdo literário, na moda dita pelas novelas, no bandido que virou mocinho, afinal ele tão “galã sorridente”, que arranca suspiros por onde passa. Para depois apontar o dedo, sem soluções concretas.
Onde não se perde um capítulo, entretanto, nos capítulos constituídos da vida real, se perde tanto tempo com coisas banais e sem nexo. Os diálogos cada vez mais raros, o papel de pai e mãe, são substituídos, por massinhas de modelar, desenhos animados, ambiente virtual, e jogos tridimensionais.
Será que é o tempo o responsável por nossas perdas. Num exercício de auto-avaliação, reflexão de tudo que há em nossa volta, das pessoas que julgamos importantes para o nosso viver, contudo, viver é vivenciar algo e isso só é possível, quando estamos disponíveis para tal. A experiência que adquirimos e passamos adiante, é um legado deixado como herança. Não esqueçamos que as crianças fazem espelhamento e a dinâmica do afeto é recíproca.
18.03.2011