NOITE FRIA
Cai à noite fria depois de uma longa tarde agônica e sombria o franzino e rústico homem sentado debaixo da árvore molha sua face de lágrimas da alma sofrida e dolorida. À tarde sombria invadiu seu peito abriu sua ferida que nunca cicatriza, e debaixo da árvore sua companheira inseparável ele desafoga sua alma de lágrimas e molha sua face.
Chora a dor de uma partida daquela que um dia foi sua vida, a noite súbita e fria trás de volta todo horror e agonia daquele dia. Que o sarcoma invadiu o pulmão levando metade de sua vida, sua amada querida. Que no auge de sua existência na incógnita de que cada tragada que dava no seu cigarro, o qual lhe causaria um imenso prazer. Uma sensação que invadia seu peito, fazendo o espírito voar por lugares desconhecidos, os quais jamais poderia imaginar que caminhava em direção ao vale da morte.