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Fafá de Belém; a divina simpatia e a sua voz!

Fafá de Belém, ontem (16/03/2011) no Sesc -Piracicaba mostrou com a sua voz e sua postura no palco, o motivo que está entre uma das melhores cantoras brasileiras. Fafà esbanjou charme e principalmente voz ao interpretar o todo poderoso Chico Buarque com maestria junto aos músicos que dividiram o palco com ela!"

Ana Marly de Oliveira Jacobino

Vibre e cante com Fafá de Belém:

http://www.youtube.com/watch?v=1CensDZo1Kw

Maria de Fátima Palha de Figueiredo (Fafá de Belém) nasceu em Belém no dia 9 de agosto de 1956 .Filha do advogado e bancário Joaquim de Figueiredo (Seu Fefê) - falecido em 1997 - e de Eneida Palha, filha de uma família de políticos da região (Dona Dê), Fafá pertencia a uma família de classe média-alta da capital paraense e desde a infância destacava-se nas reuniões familiares com a voz afinada. Na adolescência já gostava de música e, em parceria com amigos, fez alguns espetáculos em bares e casas noturnas, fugindo de casa para realizar tal fato.

Em 1973 conheceu o baiano Roberto Santana, produtor do grupo Quinteto Violado e musical da Polygram, que a aconselhou a investir na carreira fonográfica. Incentivada por este, apresentou-se em alguns lugares como Rio de Janeiro, Salvador e em Belém. Nesse mesmo ano, estreou como cantora profissional no musical Tem muita goma no meu tacacá, que satirizou o cenário político da época. O espetáculo, estrelado no principal teatro de Belém, o Theatro da Paz, também contou com a participação especial do conterrâneo, o futuro ator Cacá Carvalho. Como as cantoras de sua geração, foi fortemente influenciada por cantores consagrados da MPB como Maysa, Roberto Carlos, Cauby Peixoto e os grupos Jovem Guarda e Beatles, ouvindo-os com entusiasmo, além de outros gêneros, como jazz, música clássica, e os grandes ídolos do rádio.

O primeiro disco, Tamba Tajá, foi lançado em 1976 pela gravadora Polydor, e nos mostrou um repertório eclético, mas essencialmente brasileiro e que trouxe à cantora ainda muito ligada às suas raízes nortistas.O segundo trabalho, Água, de 1977, vendeu cerca de cem mil cópias e consagrou a cantora nacionalmente, a bordo de vários sucessos, dentre os quais a regravação do clássico Ontem ao luar (Catulo da Paixã Cearense e Pedro Alcântara), Em 1979 lançou seu maior sucesso até hoje, a música Sob medida (Chico Buarque). A música integrou o repertório de um dos discos considerados melhores em sua carreira: o eclético Estrela radiante, onde se alternou entre canções regionais e urbanas.

A partir de 1985, Fafá tomou um rumo em sua carreira, que foi bastante criticado pelos mais conservadores; ela passou a incluir no repertório gêneros mais popularescos, como sertanejo, brega e principalmente lambada, apesar de nessa década ela ter-se consagrado como cantora romântica, de timbre grave, forte, quente, encorpado e sedutor, e ter gravado outros estilos, como forró, bolero e guarânia. Alheia às críticas, ela emplacou um sucesso atrás do outro.

Na década de 2000, lançou Maria de Fátima Palha Figueiredo (2000), que trouxe diversas canções consagradas românticas da MPB e ainda as regravações de Meu nome é ninguém (Haroldo Barbosa e Luiz Reis - já havia sido gravada anteriormente com Miltinho), Foi assim e Sob medida, assim como Piano e voz (2002), na mesma linha de Fafá ao vivo, Fafá de Belém do Pará - O Canto das águas (2003), que trouxe um repertório essencialmente brasileiro, destacando culturas nortistas onde todas as canções são de autoria de compositores conterrâneos seus, sendo que algumas músicas ela já havia gravado anteriormente (Pauapixuna, Este rio é minha rua e Bom dia Belém - espécie de hino da capital paraense, composta Edyr Proença e Adalcinda), e Tanto mar (2004), um tributo a Chico Buarque que contou com a participação do próprio na canção Fado tropical.

*** Está que você vai ouvir agora embalou e embala coraçôes apaixonados:

http://www.youtube.com/watch?v=rKDQzPmwAUI

A volta às canções de maior apelo regional se deu com Vermelho (Chico da Silva), que fez parte do repertório do CD Pássaro sonhador (1996) Afirmando sua fé católica, cantou para o então papa João Paulo II em 1997, na canção Ave Maria (de Jayme Redondo e Vicente Paiva), imortalizada por Dalva de Oliveira, lançada inicialmente num CD single e depois regravada no CD Piano e voz. Fafá subiu as escadas para beijar o papa, pois não conteve a emoção. Uma canção de Michael Sullivan também foi usada como faixa-título de seu disco de 1998, Coração brasileiro, lançado pela gravadora WEA, que trouxe, dentre outras, as regravações de Eternamente e Pai, gravadas originalmente por Gal Costa e Fábio Júnior, respectivamente; a primeira também contou com uma versão em espanhol, adaptada por Juan Bravo.

No meio de 1979, houve uma alteração nos modelos VW Fusca 1300 L e VW Fusca 1600, as lanternas traseiras (capela) se tornam maiores e passam a ser chamadas "Fafá", em alusão aos seus seios.

"Sempre achei meus seios lindos" (ISTOÉ Gente, 30 de maio de 2005).

Pequena Bibliografia:

Dicionário Houaiss ilustrado [da] música popular brasileira/Instituto Antonio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin; Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Paracatu, 2006

Site Oficial de Fafá de Belém

*** Veja muito mais sobre Fafá de Belém acessando:

http://agendaculturalpiracicabana.blogspot.com/