HÁ DEPENDÊNCIA POR AÍ...

Internet me faz bem e a inúmeras pessoas.. Gosto de olhar as notícias no mundo; fico atualizada. Às vezes são notícias tristes, outras divertidas. Sem sair de casa permito-me fazer viagens: entro em museus, vou a países inimagináveis, aprendo sobre culturas dos povos, aprecio suas formas de vestir, de se alimentar e outros. Sei o quanto mudei após ter sido "alfabetizada" nesta linguagem virtual. Hoje fico com pena de quem não quer saber e me diz que não tem paciência em ficar teclando. Não entendo também quem me fala,também,que não vai à cinema porque assistir filme é monótono e chato.Desconhecem o que estão perdendo.Em relação à Internet perdem contatos com amigos distantes, outros próximos, alguns novos. Perdem possibilidades contínuas de entrar em contato com o novo.

A roda das informações, dos conhecimentos, das amizades, do permitido e do que pode ser proibido gira. Tudo está ao alcance de todos. Seleciona-se de acordo com os interesses. O bem e o mal à disposição. O discernimento e o bom senso dependerá de cada um.

Os amigos sabem do que gosto e enviam os e-mails crendo que vou acompanhá-los no material que chega. Quem me manda sabe que eu gostaria de ter a posse daqueles dados. É como se declarasse que sou parte do seu círculo de amizade. Círculo é fechado. Estou dentro. Permito-me achar um ponto de abertura e reenvio para outros do meu círculo.

Acesso quase diariamente o computador, porém posso tranquilamente passar dias sem o fazê-lo e não altera em nada minha vida. Observo um lado que não gostaria para mim: o ficar viciada. Tenho amigas que se faltar a Internet é como se o caos se instalasse. Ficam irritadas, nervosas, procuram um técnico com urgência, ficam descontroladas. Já presencie cenas de destempero; um quase "surto" pela abstinência forçada. Já é tema de pesquisas crianças e adolescentes que são viciados e em qualquer classe social. Um mal que está acontecendo com muita frequência. Pais têm que ficar atentos. Escuto muito sem saber como limitar o tempo de permanência, no computador, pelos seus filhos. Revelam que é um grande problema que está vivenciando. As atitudes dos pais têm que ser repensadas. Agora começar um vício em idade adulta é mais preocupante, parece-me, porque não há há como deter seus atos compulsivos por um outro alguém.. Saber usufruir deste recurso que veio ligar as pessoas ao mundo é algo que impressiona e dar prazer. Entretanto,saber equilibrar o uso é outra história. Quero ter o direito de usar quando sentir vontade, mas de forma sensata. Estou a salvo de me tornar dependente.

Edméa
Enviado por Edméa em 17/03/2011
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