A CASINHA NO SOPÉ DA COLINA

Era aquela casinha, pequeninha, construída no sopé da colina.

Quem a viu, não a esquecerá jamais.

Toda pintada de branco, com uma janela e uma portinha, em azul da cor do céu.

De seu telhado feito em cipó transado e uma pequena varanda, com um banco rústico, bem perto da janela, fazia sentir a quem a via, aquele cenário bucólico que a todos sensibilizava.

No seu telhado podia-se ver sempre aquela chaminé fumegante, anunciando que,

sempre ali, alguém feliz habitava.

Era um casal, que há décadas ali fizeram sua morada, não tiveram filhos, mas felizes coabitavam.

Ao amanhecer bem cedinho, preparavam o café, num fogão rústico no canto, feito de barro, onde numa chaleira esquentavam a água e mais duas panelas sempre em cima do fogão, para ser preparado o restante das refeições para o dia.

O chão era de barro batido, e só um cômodo, com uma tosca cama, e uma prateleira, onde eram guardados todos os seus pertences.

Durante o dia, iam ao riacho que serpenteava na base da colina, e na mata ali existente, procuravam os alimentos que necessitavam.

Tinham aquela vida tranqüila, bem distante do bulício enervante das grandes cidades, que atemoriza e não nos deixa viver, nem termos o descanso necessário, que tanto benefício traz a humanidade.

Ao entardecer, podíamos vê-los sentados no banco tosco à frente da janela, apreciando o sol quase desaparecendo no horizonte, e a lua formosa e fagueira e sempre festeira, dando o sinal de sua graça, aos eternos namorados.

Tudo era silêncio. Podia-se escutar a revoada dos pássaros voltando aos respectivos ninhos, e o marulhar do riacho e o balançar dos galhos de árvores da mata, em som melodioso e uníssono, como se fossem verdadeiras sinfonias.

Era a magia deslumbrante e aconchegante guiadas pela mão de Deus, daquele lugar inesquecível, que jamais será apagado da memória.

Hanid
Enviado por Hanid em 16/03/2011
Código do texto: T2851658
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