HIPOCRISIA. FARISEUS.

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas"; Mateus. Os fariseus formavam o estamento do judaísmo que dois mil anos antes de Cristo começou completa adesão à palavra de Deus. Eram os mais ligados à espiritualidade, entregues à Deus. Foram conhecidos como zelotes, em princípio, e aparentemente, por zelarem pelas leis de Deus. Jesus os colocava em apreensão pela desfecho da hipocrisia, ocorrente. Se tinha como certo que se alguém fosse fiel ao Senhor, seria um fariseu. Voltasse Jesus em nossos dias continuaria contra os hipócritas que sofismavam? Responde-se positivamente. Como fez faria, se colocando contra aqueles que ensinavam a tradição dos homens, por dicção oral, esquecidos da lei de Deus, violando os ditames de Deus, para e principalmente, favorecer seus interesses. Por isso Jesus os combatia e os considerava hipócritas.

Fariseus pregavam a lei formal de Deus, e também tradições orais, realçando, por exclusivo interesse pessoal, que eram ambivalentes em termos originários, origem divina. Jesus diferençou claramente a lei de Deus e os mandamentos dos homens. Traçou suas fronteiras. Jesus ignorou normas humanas, veio como mensageiro do Pai, inquestionável e induvidoso. A hipocrisia e o sofisma presidiam essa conduta contrária a única Lei a que todos deviam aceitar, assim procediam farieseus. Muitas igrejas e governos imitam os fariseus até hoje. Suas tradições, morais ou amorais, estão acima da palavra de Deus, não ultrapassam, contudo, a advertência de que "toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada" (Mateus 15:13).

Colocar o orgulho humano acima dos freios da vontade de aparecer é o que fazem muitos, modernos “fariseus”, tocados pela soberba.

Pompas, galas, ornatos, fustes e frizos desse edifício ególatra desfilam almejando um lugar recusado pela humildade. Muitos assistem aqueles que estão no palco, formando metáforas que desgastam e ultrajam a história e açoitam mais e mais o corpo do sangue já derramado no Gólgota que cai séculos afora.

Não há luz suficiente para os que já se acham iluminados em demasia, procurando impressionar os homens, desservem ao Cristo-homem e ao balizamento da regra moral, onde hipócritas não têm assento.

Os fariseus amavam a pecúnia, eram rapineiros, Jesus os execrou, nada partilharia com eles, muito menos ideias ou posições políticas.

Usurpavam viúvas (Marcos 12:40; Lucas 20:47), exploravam os velhos. Eram perniciosos e falsos, se mostravam como não eram, preconceituosos e discriminadores, restavam na senda da oralidade que se perde.

Se valiam da desonestidade absoluta (Mateus 28:11-15). Persistem hoje atitudes farisaicas. Os homens mudam muito. Deus não muda nunca. Ele se opõe aos modernos fariseus da mesma maneira que se opunha aos antigos. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas..."

O homem Cristo pode ser negado e adjetivado de tudo,explorado até em pecúnia, mas pela verdade foi condenado ao martírio a si imposto por se dizer filho de Deus,e dividiu o tempo, AC e DC, nunca porém acusado de fazer pactos com hipócritas ou com a hipocrisia, como se vê largamente em nossos dias, especialmente nos guetos políticos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/03/2011
Reeditado em 16/03/2011
Código do texto: T2851177
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