Uma dose de loucura para viver.

Suponho que não há mais sanidade no mundo. O que nos diferencia dos verdadeiros loucos é o pouco do senso do ridículo e consciência que ainda nos resta. Fora isso, somos todos iguais. Farinha do mesmo saco.

Ser feliz, ter dinheiro e uma boa casa para morar é o sonho de qualquer pessoa. Ora, quem não gostaria de viver com conforto e sem estresses e tristeza? Vive em ilusão quem abre a boca para falar que é completamente feliz.

Ser feliz é fazer o que gosta, ter paciência com os filhos e se cansar de tanto trabalhar, mas perceber que além de necessário, é oportunidade de conhecimento e utilidade. Ser feliz é sair em um domingo, sentar perto da praia e observar a água batendo na areia. Ser feliz é sair com os amigos, passear com os pais e comprar besteiras. Ser feliz é ser um pouco louco, também. Se atrasar para um compromisso, sentir preguiça e fazer as coisas de última hora, para sentir um pouco de adrenalina no sangue.

Há quem diga que louco é quem se arrisca demais, não se preocupa o suficiente, tem momentos extremos de raiva e chora compulsivamente. Ora, quem nunca passou por isso? Então, peço licença para dizer que TODOS somos loucos. Todos. Inclusive você que está sentado em frente ao computador, resolvendo inúmeros problemas e pensando que o salário é curto. Aposto que deve estar pensando "Bem que eu gostaria de largar esse emprego, falar poucas e boas para o meu chefe e tirar longas férias". Tal pensamento é impulsivo, coisa de louco.

Suponho que para ser normal, tem que ser louco. Suponho que para ser louco, deve esquecer que é normal.