INTERNET.DISFUNÇÃO DE APREENSÃO. ENFRENTAMENTO.

Recebo um comentário, já público pois, de simpática recantista, sic: “Concordo com ela, você realmente é uma pessoa ideal para responder certas perguntas.Só uma coisa que eu acho curiosa, Já li uma dezena de textos e observo que "todos" te leem mas ninguém se atreve a postar comentários. Por medo a falar besteira com alguém que escreve com propriedade ou por proteger a própria "vaidade"?”

Isso me preocupou, por também notar esse fato. O pouco tempo que dedico a escrever neste espaço tem um único objetivo, explanar e esclarecer assuntos diversos através dos contraditórios. Alguns já ocorreram com proveito. Somente pelo contraditório, crítica, valor pensante mais alto da dogmática, se chega ao esclarecimento. O “só sei que nada sei", socrático, se funda nesse aspecto controverso basilar para partir com destino ao conhecimento.

Conhecer é debater. A “Paideia”, ensino grego que busca o contraditório, seu incentivo pelo professor, visa instigar o aluno, tirá-lo da estática para a dinâmica da crítica ao curso do ensinamento. Já o acionei várias vezes quando ensinando, magistério eventual, para que surja o novo. Assim chegou e chega a vanguarda, o novo.

Presidi conflitos de interesse por muitos anos e deles participo até hoje como árbitro, é por eles e neles que se chega ao consenso, ao entendimento, enfim ao esclarecimento. Só se pede um relevante posicionamento, o respeito na divergência. Sem respeito se vai ao enfrentamento, o que deseduca e nada esclarece.

Não vivem de aplausos ou elogios os que pretendem servir, e lhes dá o valor devido, até por força de seus interiores estarem acima de veleidades menores. Nunca lhes foi íntima essa carência. Suas realizações vêm com a vida vivida e suas projeções de utilidade reconhecida bastam na formação que aos seus próximos possa ter trazido. Seria a vitória do ensino pelo ensino. A única verdade absoluta existente, se educar educando. Viver ensinando e ensinar vivendo.

É isso que busco na internet, gigantesca ferramenta de comunicação, não, e nunca, fazer literatura, o que só se faz em obras editadas, revisadas, aprovadas pelas editoras e pela crítica, o que é impossível virtualmente. Portanto fique claro que estou aberto a todas as críticas, respeitosamente, para não resvalar em delito contra a honra que a disfunção de apreensão muitas vezes abre a porta.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 14/03/2011
Reeditado em 19/03/2011
Código do texto: T2846994
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