A VERDADE É RELATIVA?

"Se me engano, chego à conclusão que existo, pois aquele que não existe não se pode enganar, e, precisamente porque me engano, sinto que existo" - Santo Agostinho.

Que eu erro e que eu existo, são duas certezas. Certezas que todos nós temos. Por quê? Porque as vivenciamos. Aquilo que eu constato, que vivencio, torna-se a minha verdade. Que pode não ser a verdade do outro. Mas, afinal, quem está com a verdade? Na minha opinião, aqui não se trata da verdade mas, sim, de ponto de vista. São opiniões que construímos baseados em experiências, em conhecimentos, ideologias, religião, etc. E se alguém pensa diferente de nós, isso não altera a realidade. Porque a VERDADE é algo muito maior que um ponto de vista.

Existem verdades incontestáveis que, vulgarmente, poderíamos dizer que "saltam aos olhos". Água é água, fogo é fogo... Mas a nível de filosofia, a coisa muda de figura. Não que a verdade deixe de ser verdade, mas ela muda a forma de manifestação dependendo da época e do grupo social.

Então, a verdade é relativa? As verdades relativas, a meu ver, são subordinadas ao conhecimento do homem, em determinada época. Se existissem apenas verdades relativas, qual o sentido da procura pelo conhecimento? Já se disse que a Terra era o centro do universo... hoje acreditamos que não é. Mesmo que essa não seja a verdade final, pode-se dizer que existe uma verdade maior, além das verdades relativas, que seria a VERDADE ABSOLUTA.

Embora não saibamos se existe uma verdade absoluta, eu fico com a Filosofia Platônica: acredito na VERDADE UNIVERSAL, que é a causa primeira de onde derivam todas as coisas. Como a fonte onde brota a água, que forma o rio, que vai para o mar, que evapora e cai em forma de chuva. Ela toma caminhos e formas diversos, mas a essência é uma só, imutável.

A verdade pressupõe a perfeição e isso é algo ainda distante para nós. Por isso, no mundo material, ela ainda é relativa. O que é verdade hoje, pode não ser amanhã, pois tudo está em constante mudança no mundo físico que habitamos. Vamos construindo nossas verdades à medida que nos abrimos ao novo, sem preconceitos ou negação do desconhecido. Muitos caminhos existem para cada criatura mas, no final, todos chegaremos à verdade ÚNICA E UNIVERSAL.

Giustina
Enviado por Giustina em 09/03/2011
Reeditado em 26/02/2014
Código do texto: T2838436
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