203 – COISAS... DAS PEQUENAS CIDADES.

COISAS... DAS PEQUENAS CIDADES.

Do interior das Minas Gerais.

Nas cidades do interior quando há um velório em época de eleição, para os políticos é prato cheio, presença garantida mais que nos palanques pedindo voto. Aqui no Arraiá do Pau-fincado, como dizia o pároco local, então nem me falem, verdadeiro cortejo de políticos sempre em maior quantidade que a parentada do defunto.

Se você precisar falar com o Alcaide ou com um dos Vereadores, pode ser que não consiga agendar sequer uma reunião, pois, os barra-filas, também chamados de “Assessor de Gabinete” sempre dão um jeito de dizer que o fulano tá viajando, justamente naquela data, ou está em reunião que não tem hora de terminar. O chá de cadeira é certo, garantido, se você for um daqueles insistentes. E político sempre tem uma saída estratégica: a outra porta.

Existem vários casos que entraram para o anedotário.

a) Tem um caso que diz de um vereador muito entusiasmado foi cumprimentando a todos que estavam no velório até chegar perto do defunto e distraidamente bateu no peito do presunto, QUERO DIZER DO DEFUNTO e falou:

- Você tá aí né?

Só faltou o defunto levantar e perguntar: - No meu velório onde você queria que eu estivesse?

b) Outro caso de outro vereador no velório de um conhecido seu dos tempos que ele morava na Vila falou com a filha do morto. - Como está seu pai? Ela apontando para o morto respondeu: - Você não está vendo?

Ele muito safo disse: - Só se for para você, filha ingrata que deu muita dor de cabeça para ele! E batendo no peito disse: - Para mim ele continua bem vivo, aqui...

set.2010.

CLAUDIONOR PINHEIRO
Enviado por CLAUDIONOR PINHEIRO em 08/03/2011
Reeditado em 24/03/2011
Código do texto: T2836450