Espiritualidade e racionalidade

Falando especificamente sobre a questão da espiritualidade manifesta no mundo físico, acredito na alma e sua manifestação em todos os campos do universo. A alma se manifesta através do sentimento. A criança pequena sente, certo? Por que sentir é um atributo anímico. Para se manifestar no mundo físico a alma se utiliza do corpo mental. Todos os corpos são formados, envolvendo o espírito que é a alma desencarnada. Cada corpo tem a sua peculiaridade específica e cada um tem a sua função na atuação no universo, para a nossa evolução. O espírito somos nós, em nossa essência.

Vivemos em três universos distintos, regidos por leis distintas, um complementando o outro na nossa atuação nestes três universos concomitantemente. O espírito escolhe o corpo, dentro dos padrões que necessita para viver determinada experiência no mundo e usa a mente para formar este corpo. Por isso, o primeiro órgão a ser formado no feto é o cérebro, pois ele é o órgão que expressa o movimento da mente. Quando a criança nasce, a mente fica adormecida. Ela cumpriu a sua função e espera o amadurecimento do corpo para poder entrar em ação. A alma se manifesta.

A alma se manifesta no universo com seus tentáculos de luz, como fagulhas de energia ou raios. O movimento dela no ambiente é intenso e como o sol ela explode luzes e fogos. Mas para se expressar no mundo material ela precisa de matéria densa. Por isso o corpo e para comandar o corpo ela precisa da mente, por isso a mente. Alma, mente e corpo. Assim nós vivemos. Assim experienciamos nossa vida do mundo sutil ao mundo denso, mas como somos demasiadamente materialistas pela nossa própria cultura, só percebemos o que o cérebro é capaz de guardar, o resto nos escapa.

Vivemos a nossa vida na racionalidade, por isso mesmo nos é tão difícil compreender a vida como um todo. O raciocínio é um artifício criado pela mente para poder estudar o mundo material, mas ele pela sua própria origem só é capaz de perceber o mundo físico. Desta forma, assumimo-lo como se ele fosse a razão e o motivo para compreendermos a vida. Assim, traduzimos a vida como se ela fosse um teatro parcelado em pequenos atos, que nós, pela própria limitação do nosso entendimento físico desentendemos a vida em sua amplitude e perdemos aquela que é nossa missão.