Crime & Justiça
Quando Caim matou Abel, foi condenado por Deus ao exílio e se tornou amaldiçoado.
Atormentado e sem guarida, vagou pela terra, durante toda a sua vida. Foi como se tivesse perdido o seu direito de ter paz, por ter roubado, a sangue frio, a vida do irmão...
Onde passava era escarrado e apontado como assassino
.
Ao longo da história universal podemos perceber como todos os outros assassinatos foram vistos e penalizados.
Sabemos que cada sociedade criou uma forma, cada Nação um Código Penal, e assim, chegamos aos nossos dias...
Toda essa questão acima colocada, seria para chegar ao assassínio da menina Lavínia e também da Isabela, que foi arremessada pela janela, num descontrole bestial do pai e da madrasta. (Ou não! Ainda Pairam dúvidas...)
A questão é que quando o crime envolve a vida de crianças indefesas, ficamos à mercê da mesma fragilidade em que os pequeninos sem acharam no momento da monstruosidade e ficamos a discutir as penas aos assassinos, impostas.
Foram suficientes?
Desafogam tanto pesar?
Satisfazem ao peso e barbaridade do crime?
Uma sociedade cujos membros são capazes de matar uma criança, por vingança ou por um descontrole, mostra o quanto esses seres e todos os outros em situação de dependência de quem as proteja e sem defesa, ficam expostos à maldade humana.
E há uma sensação de pesar tão grande pela miséria em que se encontra a humanidade que penso que castigo nenhum seria suficiente pra se fazer justiça.
Sobra-nos, no ápice da situação e sentimento estraçalhado, duas opções radicais...
Ou se erradica de vez com esses seres dos infernos da face da terra, de uma forma segura e como exemplo, ou se cai fora desta coisa maluca que se tornou viver no mundo...
Ser conivente é que não dá!
O que não dá para aguentar é ver crianças violadas e violentadas e mortas, todos os dias sem que nada contenha este estado de coisa de causar horror a todos, sem excessão.
Nunca jamais se permita que crimes tão bárbaros quanto esses, permaneçam como manchetes de televisão apenas e caiam no esquecimento geral como se fosse coisa banal.
Dói, ando revoltada com toda esta merda da justiça e sociedade hedionda e pretendo enfiar o dedão no nariz de quem quer que seja, até que se crie vergonha na cara e se saiba que para ter direito de viver, precisamos antes respeitar e defender a VIDA! Todas as VIDAS!
Senão, pode-se esquecer e que tudo não passa de um inferno generalizado.
Quem questiona a justiça???
Se não formos nós que alimentamos este estado de coisas, não será ninguém, com certeza!