De Napoleão Bonaparte a Allan Kardec

A verdade nos chega a pequenos goles, partes como eu disse no texto. Quando estamos frente a um determinado momento, por mais que nos esforcemos sempre algo nos escapa e, perdemos parte da verdade e essa perda nos traz a ilusão de que fomos capazes de perceber o todo, quando na verdade nos enganamos. Essas pequenas falhas são detalhes importantes para a nossa compreensão da vida como um todo. Por isso eu disse que vivemos na ilusão.

Faço um trabalho constante com a minha mente, no sentido de mantê-la em silêncio ao máximo, quando estou vivenciando um instante específico. Agora mesmo, que estou aqui escrevendo para o amigo, me encontro quase totalmente concentrado no que estou fazendo, linkado ao meu ser interno, para poder passar para você o mais fidedignamente possível o que penso, mesmo assim algo do movimento do local, onde eu estou no fortuito, me dispersa.

Sou então obrigado a parar e retornar ao trabalho. A mente é fugidia por um motivo muito simples, ela é um instrumento da alma e a alma está em constante movimento. Digo que a alma sente o universo da mesma forma que um octopus, com os seus tentáculos, mas como ela é incapaz de atuar no mundo físico, criou a mente, como um produto de sua vontade para poder atuar na matéria usando o corpo como instrumento. Assim a alma é vida e assim age nela.

Às vezes eu tenho mesmo vontade de sair, fugir. Mas há algo em mim que me detém, quando não é a palavra dos amigos. Todos nós precisamos de apoio. O trabalho de Napoleão Bonaparte era apoiar Allan Kardec na fundação da república espiritualista, que deveria ter sido a fundação da nossa civilização, mas o ser humano ainda não estava pronto. Por esse motivo foi introduzida a filosofia de Descartes, assim como uma preparação para o ser humano neste agora específico!