O último tango...
Um poema para Ástor Piazzola (Ana Marly de Oliveira Jacobino)
Nesta dança lasciva
Erotismo, paixão, amor
Fundem no mistério
Desta música festiva.
Neste voleio inebriante
Enlaço minhas pernas
Entre o seu despudor.
Ao som do bandoneón
Ástor Piazzola arranca
a mais bela melodia.
Carrego o seu corpo
Lânguido em desejo
Enlouquecido, arfante.
Eu, um louco tangueiro
Lá, pela Calle Balcarce
Loucamente apaixonado!
Ástor Pantaleón Piazzolla nasceu em Mar del Plata no dia 11 de março de 1921 e faleceu em Buenos Aires no dia 4 de julho de 1992, ele foi um bandeonista e compositor argentino.
Compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX, estudou harmonia e música erudita com a compositora e diretora de orquestra francesa Nadia Boulanger, que foi aluna de Sergei Rachmaninoff. Em sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo.
Quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos. Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do Jazz em sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje.
Algumas de suas composições mais famosas são Libertango e Adiós Nonino. Libertango é uma das mais conhecidas.
A canção Adiós Nonino, outra das mais conhecidas composições, foi feita em homenagem a seu pai, quando este estava no leito de morte, Vicente “Nonino” Piazzolla em 1959. Após vinte anos, Astor Piazzola diria “Talvez eu estivesse rodeado de anjos. Foi a mais bela melodia que escrevi e não sei se alguma vez farei melhor.”
Clique e ouça a beza impar da composição de Piazzola. Emocione-se com Adiós Nonino:
http://www.youtube.com/watch?v=QCmP4bEJfOg
" Ástor Pantaleón Piazzolla o inovador do tango argentino.
Piazzolla renovou e reviveu o tango apresentado por Carlos Gardel. Piazzolla e sua contemporaneidade elevou o tango a um patamar de glória!" Ana Marly de Oliveira Jacobino