Imagem do meu arquivo pessoal. Pela janela e flores.

PROLIXAS LETRAS E VIDA...


Há os que falam muito e nada dizem. Há os que pouco dizem e muito falam. E também há os que dizem muito tão belamente que nos parece poucas palavras. E os que falam tão pouco nos dando a impressão de ter ficado algo sem dizer. Há todo jeito e toda forma de falar. Escrever. Exprimir. Cada um sabe o modo melhor que lhe cabe. Cada qual escolhe o seu. Livre expressão de comunicação. Sem regras. Sem exigências.  O prazer é quem escolhe o tamanho das letras ou das falas a serem utilizadas.

Dois amigos confabulavam:

- Fala demais.  Desnecessariamente.

- Que posso fazer se amo as palavras? Seja indulgente comigo, meu caro!

- Fosse eu, usaria bem menos vocábulos...

- Ah, mas as palavras breves não têm poesia! Passa impressão de formalidade, frieza. Parece  cortar o tempo bom da conversa pela pressa cotidiana. Não! Deixa-me extensiva assim.

- Minha amiga, tolice sua! Não há mais prazo para delongas, não vê as horas como voam? Em que mundo vive? Por acaso está fora de época? O tempo urge, guria! Bom mesmo é reduzir ideias de modo a alcançar pessoas dinâmicas como eu!

- Fique então você com suas meias palavras. A vida é prolixas letras de cores, flores, amores, poesias, sementes, cheiros, frutos, sabores, luzes. Vida é pluralidade. Sucinta é coisa de morte!  E dela eu tenho escapado...