Lado errado da vida

À C.Fabra

O mundo não seria completo sem exercício mental. Minha querida Yeda no alto dos seus noventa e um anos de idade, comentava não sem desagrado, sobre o descomunal cavalheirismo daquele cidadão.

Tratava-se de um senhor que tinha por hábito as esquinas. Estava sempre parado numa delas, como se vivesse numa guarita invisível.

- ...Mas que mal existe em ser cavalheiro e ajudar o próximo? Doar um braço para uma gentil idosa é gesto nobre.

A resposta veio com sua terna voz de passarinho:

- Ele me atravessa sem que eu queira.

Quando percebia estava do lado que não queria da rua.

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Verdade, acontece

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 03/03/2011
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