Tinha uma pedra humana no meio do caminho....
Agosto de 2006, aguardo a chegada de um vôo internacional que está com atraso de 2 horas.
Cansada de esperar, me dirijo à lanchonete para tomar uma água e um cafezinho.
Faço o pedido e enquanto aguardo ouço um senhor solicitar um café, em um portunhol carregado, com uma nota de R$10,00 na mão. A mocinha do caixa que além da falta de treinamento faltava-lhe educação de berço, num tom de voz áspero responde que não tem troco, “cafezinho só com dinheiro trocado”.
Sou apossada por um sentimento de vergonha alheia, principalmente por ser um estrangeiro, chegando ao meu país e sendo recebido de maneira nada cordial. Viro-me para a caixa e lhe digo para que tire o valor do café dele juntamente com a minha conta.
Ele sem entender direito, ficou meio atônito. Estendeu-me o dinheiro e eu acenei que estava tudo certo.
Sua expressão facial abriu-se num sorriso, levou a mão ao bolso do paletó retirou uma pedra e me presenteou. Nesse momento, minha filha me chama, pois sua avó acabara de chegar. Saio correndo com a pedra na mão e um tanto abobalhada com o presente.
Ao chegar a minha casa e refletir sobre o ocorrido imaginei a surpresa dele com o meu gesto e por esse motivo me presenteou com algo que acredito seria uma espécie de “amuleto” que ele carregava no bolso.
Dezembro de 2010, Aeroporto Salgado Filho, Porto Alegre.
Após um vôo nada melhor que um cafezinho. Vou à lanchonete, peço uma água e dois cafés. Recebo o ticket, uma nota de R$2,00 e duas caixinhas de chicletes. Falo para moça do caixa que não pedi chicletes e ela me responde que não tem moeda de R$1,00 para completar o troco. Respondo: Não tem problema, enquanto tomo o café você dá um jeitinho e arranja meu troco. Será esse o procedimento daquela lanchonete? Sequer me perguntou se poderia substituir o troco pelos chicletes. Ao terminar meu café retornei ao caixa e perguntei-lhe se já tinha o meu troco. Com cara de poucos amigos, com um olhar reprovador estendeu-me a moeda e eu com um sorriso agradeci.
Dois episódios, em momentos e lugares distintos que mostram como a falta de treinamento de um funcionário pode deixar uma má impressão no turista.
A propósito, meu presente, me acompanha diariamente, guardado num cantinho da minha bolsa.
Agosto de 2006, aguardo a chegada de um vôo internacional que está com atraso de 2 horas.
Cansada de esperar, me dirijo à lanchonete para tomar uma água e um cafezinho.
Faço o pedido e enquanto aguardo ouço um senhor solicitar um café, em um portunhol carregado, com uma nota de R$10,00 na mão. A mocinha do caixa que além da falta de treinamento faltava-lhe educação de berço, num tom de voz áspero responde que não tem troco, “cafezinho só com dinheiro trocado”.
Sou apossada por um sentimento de vergonha alheia, principalmente por ser um estrangeiro, chegando ao meu país e sendo recebido de maneira nada cordial. Viro-me para a caixa e lhe digo para que tire o valor do café dele juntamente com a minha conta.
Ele sem entender direito, ficou meio atônito. Estendeu-me o dinheiro e eu acenei que estava tudo certo.
Sua expressão facial abriu-se num sorriso, levou a mão ao bolso do paletó retirou uma pedra e me presenteou. Nesse momento, minha filha me chama, pois sua avó acabara de chegar. Saio correndo com a pedra na mão e um tanto abobalhada com o presente.
Ao chegar a minha casa e refletir sobre o ocorrido imaginei a surpresa dele com o meu gesto e por esse motivo me presenteou com algo que acredito seria uma espécie de “amuleto” que ele carregava no bolso.
Dezembro de 2010, Aeroporto Salgado Filho, Porto Alegre.
Após um vôo nada melhor que um cafezinho. Vou à lanchonete, peço uma água e dois cafés. Recebo o ticket, uma nota de R$2,00 e duas caixinhas de chicletes. Falo para moça do caixa que não pedi chicletes e ela me responde que não tem moeda de R$1,00 para completar o troco. Respondo: Não tem problema, enquanto tomo o café você dá um jeitinho e arranja meu troco. Será esse o procedimento daquela lanchonete? Sequer me perguntou se poderia substituir o troco pelos chicletes. Ao terminar meu café retornei ao caixa e perguntei-lhe se já tinha o meu troco. Com cara de poucos amigos, com um olhar reprovador estendeu-me a moeda e eu com um sorriso agradeci.
Dois episódios, em momentos e lugares distintos que mostram como a falta de treinamento de um funcionário pode deixar uma má impressão no turista.
A propósito, meu presente, me acompanha diariamente, guardado num cantinho da minha bolsa.