Orgulho e preconceito
Gosto tanto das palavras que às vezes imagino que aprendi a ler sozinha. Lembro-me ainda hoje da leitura em voz alta da primeira palavra pintada no tanque branco do caminhão de combustível: INFLAMÁVEL. Assim como dito aqui, em letras garrafais, com direito à presença de familiares e vizinhos convocados às pressas para testemunharem o fenômeno da menina que sabia ler. Depois passei a ler placas na rua, letreiros de propaganda, livros inteiros, páginas e páginas de enciclopédias como faz toda criança.
A leitura, assim como a ação de escrever, pode ser transformadora. Abro espaço aqui para falar como a leitura de um livro simples trouxe revelação à vida de três amigas. Não é um livro filosófico, nem um livro da chamada autoajuda. Trata-se de um romance da escritora inglesa Jane Austen, que já foi inspiração para o cinema e para a televisão. Na obra “Orgulho e Preconceito” as três identificaram uma questão óbvia, e que por isso mesmo passou despercebida em suas histórias, que as afastou do amor verdadeiro durante anos.
Para a primeira orgulhosa ficou evidenciado, pela dificuldade do Mr. Darcy em se declarar apaixonado e o receio de ser rejeitado pela mocinha, como de fato o foi, que o amor pode ser humilhante. O amor romântico, para o nosso ser orgulhoso, pode realmente nos expor à humilhação da rejeição se não for correspondido. Risco há sempre, mas sem a demonstração do que sentimos também não corremos o risco de ver este amor correspondido.
Para as outras orgulhosas, uma com problemas de doença mental na família e a outra com a mesma questão da protagonista do romance, ficou claro que os pretendentes não se aproximavam, além do interesse inicial, em razão da loucura e dos maus modos de suas famílias. Anos depois, mudado o quadro social, estas questões ainda serviriam de barreira emocional até que a leitura atenta e a discussão entre elas do romance mencionado trouxe a luz que faltava. Prova de que a literatura pode ser transformadora quando as palavras nos inflamam os sentidos.
Gosto tanto das palavras que às vezes imagino que aprendi a ler sozinha. Lembro-me ainda hoje da leitura em voz alta da primeira palavra pintada no tanque branco do caminhão de combustível: INFLAMÁVEL. Assim como dito aqui, em letras garrafais, com direito à presença de familiares e vizinhos convocados às pressas para testemunharem o fenômeno da menina que sabia ler. Depois passei a ler placas na rua, letreiros de propaganda, livros inteiros, páginas e páginas de enciclopédias como faz toda criança.
A leitura, assim como a ação de escrever, pode ser transformadora. Abro espaço aqui para falar como a leitura de um livro simples trouxe revelação à vida de três amigas. Não é um livro filosófico, nem um livro da chamada autoajuda. Trata-se de um romance da escritora inglesa Jane Austen, que já foi inspiração para o cinema e para a televisão. Na obra “Orgulho e Preconceito” as três identificaram uma questão óbvia, e que por isso mesmo passou despercebida em suas histórias, que as afastou do amor verdadeiro durante anos.
Para a primeira orgulhosa ficou evidenciado, pela dificuldade do Mr. Darcy em se declarar apaixonado e o receio de ser rejeitado pela mocinha, como de fato o foi, que o amor pode ser humilhante. O amor romântico, para o nosso ser orgulhoso, pode realmente nos expor à humilhação da rejeição se não for correspondido. Risco há sempre, mas sem a demonstração do que sentimos também não corremos o risco de ver este amor correspondido.
Para as outras orgulhosas, uma com problemas de doença mental na família e a outra com a mesma questão da protagonista do romance, ficou claro que os pretendentes não se aproximavam, além do interesse inicial, em razão da loucura e dos maus modos de suas famílias. Anos depois, mudado o quadro social, estas questões ainda serviriam de barreira emocional até que a leitura atenta e a discussão entre elas do romance mencionado trouxe a luz que faltava. Prova de que a literatura pode ser transformadora quando as palavras nos inflamam os sentidos.