REFORMA POLÍTICA

As tentativas de se promover uma reforma política no Brasil, se arrastam por mais de meio século, mais de cinquenta anos se passaram e o omisso congresso nacional nada fez no sentido de instituir mudanças significativas e substanciais nas atuais e vigentes regras que disciplinam o código eleitoral brasileiro; o período lacunar de mais de cinco décadas de inércia dos senhores parlamentares brasileiros, foram suficiente prá acumular uma montanha de desvios de conduta e um histórico de CORRUPÇÃO eleitoral de toda ordem, a saber: Compra e venda de votos, fraudes eleitorais, financiamento particular e doações não declaradas de campanhas, só pra citar algumas.

Frente à escabrosa , vergonhosa e podre histórico de desmandos e permissividade eleitoral, foi instaurada hoje, 02/03/2011, duas comissões de parlamentares, sendo uma do senado e outra da câmara, ambas munidas do proposito de promover a reforma política brasileira, neste contexto inaugural, já é possível ver e ouvir os discursos vazios e as falácias em torno da nova vedete no congresso nacional--- a reforma política. Quem sabe se um dos elementos motivadores dessa "iniciativa", não tenha sido a má crise por que passa àquela instituição parlamentar e os políticos, marcadamente caracterizada pelo DESCRÉDITO ? ou terá sido a crise institucional que vem ao longo do tempo se aprofundado ? por uma ou por outra, fato é que o nosso sistema parlamentar representativo encontra-se em crise. Outro fator incontestável encontra-se no surgimento de novos interlocutores sociais, esses muitas das vezes tidos como causadores das dificuldades relacionais promovidas pelo modelo parlamentar representativo.

Os novos horizontes institucionais, artificialmente desenhado pela casse política brasileira nem de longe motiva as classes subalternas, as classes dos trabalhadores, pois esses segmentos de trabalhadores julga improvável e invalido depositar algum tipo de crédito nessa turma, uma vez que a maioria dos congressistas brasileiros são empresários e ou testa de ferro de empresas cujo capital são de origem estrangeira, ainda mais, são afeitos à posturas CORPORATIVISTAS, FISIOLOGISTAS e historicamente " viciados " em FAVORES E PROPINAS --- isso sem falar nos elevados e privilegiados salários. Acostumados à administrarem PRIVILÉGIOS de toda ordem, fica difícil crer que essa gente esteja realmente focada em mudanças regimentais cujo fim último seja a promoção da CIDADANIA e o aperfeiçoamento da SOBERANIA nacional.

Uma reforma política balizada pela seriedade de propósitos, terá que necessariamente contemplar os seguintes aspectos: O financiamento público de campanhas, O fim das coligações partidárias, O fim do voto obrigatório, A instituição do voto distrital, A fidelidade partidária, A destituição da figura do vice para o mandato de senadores, O fim das legendas de aluguel: essas pequenas, mas, significavas mudanças, representam, dentre outras, uma enorme " abertura "no sentido de possibilitar o ingresso de homens e mulheres que, no íntimo demonstrem inclinação e vocação para fazer política, o que, na atual circunstância e sob a atual legislação eleitoral, é praticamente impossível.

Embora tenha tido todo o tempo necessário e suficiente para operar as mudanças estruturantes, o PT do lula e o LULISMO, não o fizeram, desperdiçaram oito anos no poder central, o PT patinou ---- enrolou o leitorado nacional ---,

e não abarcou as grandes questões sociais, como por exemplo: A reforma política, A reforma tributária, A violência urbana . . . etc. A despeito do " empenho " congressual ", não cremos que tais modificações possam ser processadas à contento, isso por entender que o PT do lula dividiu o poder que era exclusivo dele, com a ALA PODRE DO PMDB NACIONAL, e dessa ALIANÇA ESPÚRIA, não deve sair nada de produtivo, nada de inovador, nada que consiga arrancar das classes trabalhadoras elementos dignos de elogios. Se você eleitor duvida, É ESPERAR PRA CONSTATAR.

Dimas Cassimiro.

Dimas Cassimiro
Enviado por Dimas Cassimiro em 02/03/2011
Reeditado em 12/09/2013
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