TEMI

Em
letras.mus.br

encontrei a música de Vicente Celestino e também compositor de uma música que minha mãe cantarolava com frequência durante os meus seis anos. Ela cantava e dizia do seu próprio coração, mas eu não entendia, e a força da sua expressão me fazia precoce, entender o mundo anímico dela.

Na pag. da internet "letras.mus.br"
 poderá ser encontarda a letra e a música tocada p/ ouvir e qualquer um que se interesse pode conferir.

                        Coração Materno
                        Vicente Celestino
                         Composição: Vicente Celestino 
                          letras.mus.br
Disse um campônio à sua amada: "Minha idolatrada, diga o que quer
Por ti vou matar, vou roubar, embora tristezas me causes mulher
Provar quero eu que te quero, venero teus olhos, teu corpo, e teu ser
Mas diga, tua ordem espero, por ti não importa matar ou morrer"
E ela disse ao campônio, a brincar: "Se é verdade tua louca paixão
Parte já e pra mim vá buscar de tua mãe inteiro o coração"
E a correr o campônio partiu, como um raio na estrada sumiu
E sua amada qual louca ficou, a chorar na estrada tombou
Chega à choupana o campônio
Encontra a mãezinha ajoelhada a rezar
Rasga-lhe o peito o demônio
Tombando a velhinha aos pés do altar
Tira do peito sangrando da velha mãezinha o pobre coração
E volta à correr proclamando: "Vitória, vitória, tens minha paixão"
Mas em meio da estrada caiu, e na queda uma perna partiu
E à distância saltou-lhe da mão sobre a terra o pobre coração
Nesse instante uma voz ecoou: "Magoou-se, pobre filho meu?
Vem buscar-me filho, aqui estou, vem buscar-me que ainda sou teu!"

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O som do passado volta à mente e coração mais de sessenta anos passados...
Não terá sido atoa.
        Não sei o porque da minha mãe se apegar àquela canção, mas também não sei dizer o porque que justifica ser para mim a música recorrente. Música diz mais que a nossa própria razão,

mas foi o que invadiu minha sensibilidade, ou o que a minha sensibilidade foi buscar na distância do tempo. Cantarolei esta música fora de época
sem o desejar, nasceu assim, digamos do nada,
porque ontem 

                                                 eu temi.



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