A IMAGINAÇÃO É UM PODER ILIMITADO
 
 
 
Há dias que eu a observava, e não restava em mim a menor dúvida do que a mocinha estava perdidamente apaixonada e acreditava ser correspondida, pelo menos era isso que ela imaginava. Só imaginava... A imaginação - e a inocente não sabia - há quem afirme, é um poder ilimitado e esse  poder leva para uma dimensão que vai além do que é material ou físico; imaginar significa visualizar , sentir o que aparentemente está invisível.
 
Mas a mocinha, além de imaginar criou expectativas, inquietou-se,  e se deixou levar pela ansiedade, pelo desejo de beijos queridos e não recebidos; estendeu braços, que permaneceram vazios . Só que ela esqueceu  - e está nos livros - de que o amor deve ser obrigatoriamente permitido, tomando-se por base um sentimento de reciprocidade capaz de dar início as relações de afetividade.
 
 E eu que continuo a observá-la,  percebo, que  ao pobre diabo só restou passar a mão pelos cabelos, sentir a esperança morrer e repetir feito mantra: por que você veio até mim sem nunca ter vindo?
 
E eu cá  respondo:  não olha pra mim não, sou apenas observadora, como vou lá eu saber?  Mas diz pra ele, ó mocinha sofredora , que o amor é lindo. Apesar dele.
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 01/03/2011
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