A IMAGINAÇÃO É UM PODER ILIMITADO
Há dias que eu a observava, e não restava em mim a menor dúvida do que a mocinha estava perdidamente apaixonada e acreditava ser correspondida, pelo menos era isso que ela imaginava. Só imaginava... A imaginação - e a inocente não sabia - há quem afirme, é um poder ilimitado e esse poder leva para uma dimensão que vai além do que é material ou físico; imaginar significa visualizar , sentir o que aparentemente está invisível.
Mas a mocinha, além de imaginar criou expectativas, inquietou-se, e se deixou levar pela ansiedade, pelo desejo de beijos queridos e não recebidos; estendeu braços, que permaneceram vazios . Só que ela esqueceu - e está nos livros - de que o amor deve ser obrigatoriamente permitido, tomando-se por base um sentimento de reciprocidade capaz de dar início as relações de afetividade.
E eu que continuo a observá-la, percebo, que ao pobre diabo só restou passar a mão pelos cabelos, sentir a esperança morrer e repetir feito mantra: por que você veio até mim sem nunca ter vindo?
E eu cá respondo: não olha pra mim não, sou apenas observadora, como vou lá eu saber? Mas diz pra ele, ó mocinha sofredora , que o amor é lindo. Apesar dele.