UM ANJO NO MEU CAMINHO!
Particularmente, desde criança, quando iniciei quando comecei a gostar de tudo que estivesse relacionado à religião, principalmente à Igreja Católica Apostólica Romana, graças à minha família, eu sempre acreditei em anjos. só que nunca fui muito obcecado por esse assunto bastante misterioso, como todos os dogmas religiosos. Portanto, sempre deixei fluir esse tema, tranquilamente na minha vida. E foi bem nos primórdios dela que aconteceu uma primeira manifestação Divina.
Lembro-me muito bem que, quando eu tinha apenas oito anos de idade senti a primeira presença do meu anjo da guarda, como costumava dizer a minha mãe, para me livrar de algo ruim que fatalmente aconteceria comigo. O que eu fiz foi, sem dúvida, uma traquinagem pueril. Literalmente, foi uma prova de fogo que fiz num interior da minha modesta casa e por pouco não acontece uma tragédia muito grande. Tudo bem que se tratava de uma brincadeira infantil, sem segundas intenções, mas por outro lado, foi muito perigosa, a ponto de por em risco não só a minha, mas também a vida da minha irmã, que estava no local naquele fatídico momento.
Naquele final de tarde, por acaso, encontrei na rua da minha pacata cidade, lá no nordeste do Brasil, uma pequena banana de dinamite. E como não sabia do perigo daquele objeto, inocentemente ao entrar na minha casa, fui direto à cozinha, onde a minha irmã se encontrava bem tranquila sentada, esperando algo ficar pronto no nosso fogão de lenha. Talvez ela nem percebeu a minha presença ali, tão concentrada estava na leitura daquela revista de fofocas. Aproximei-me, sorrateiramente, juntei algumas brasas e após espetar aquela dinamite numa vareta improvisada, levei-a ao fogo, ou mais precisamente, coloquei-a entre as brasas e aguardei o resultado daquele estúpido ato. Então, quando menos eu esperava, senti que com o impacto da forte explosão, a vareta foi sugada da minha mão e por pouco, o teto da cozinha não foi pelos os ares. Este não foi, mas a panela que estava próxima foi arremessada na parede oposta, quase atingindo a minha irmã, que com o susto, se estatelou desmaiada, coitada. Imediatamente fiquei surdo. E percebendo aquele estrago, mas sentindo que ainda estivesse vivo, deixei aquele local correndo, à proporção que vários vizinhos adentravam na nossa casa para averiguar o ocorrido.
Lembro-me apenas que a minha mãe, ao me encontrar escondido e apavorado atrás de uma porta, ameaçave-me com várias palavras que eu não conseguia captar, tamanho foi aquele susto. Só no dia seguinte foi que consegui ouvi a tremenda repreensão bem merecida que meus pais me deram. Reconheço que qualquer castigo seria pouco para mim, mas até nisso, o meu anjo da guarda novamente se fez presente. O que me deixou profundamente agradecido.
João Bosco de Andrade Araújo