QUEM NÃO SE COMUNICA...?
Por que sentimos alegria, franqueza, evolução de idéias férteis conversando com algumas pessoas e com outras não? Por que chegamos a manter com essas últimas --- sem juízo prévio formado --- relação de constrangimento e até ojeriza? Estranho, não é? A coisa surge do nada!
A verdade é que existem certas pessoas que não cabem em nossas medidas.
Você, caro(a) amigo(a) certamente já passou pela experiência de conversar ou ao menos tentar conversar com um poste?
É difícil entender tal situação, mas existem pessoas inclinadas a portarem-se ou serem pressentidas como tal.
São seres difíceis de abordarem; não há, neles, lados direito ou esquerdo, frente ou trás. Apresentam-se tais a formas cilíndricas perfeitas, sem arestas ou ranhuras onde você possa prender um gancho de prosa.
Quando ousamos lhes endereçar palavras vimo-las ricochetear-lhes perdendo-se no espaço; não encontram eco receptivo. De algumas delas, amenas ainda, em que a indiferença e a frieza do poste não as consumiram por dentro, podemos esperar alguns monossílabos muito embora sempre no sentido de inibir-nos a continuar.
É realmente assim. O indivíduo tem algo a nos desencorajar à sua volta, somente permitido aos médiuns ver e a nós pressentir. Trata-se, sei lá, de alguma força estranha capaz de arruinar as nossas ligações neuroniais. É chegar perto do poste e ter aquele branco constrangedor.
Conheci-os na forma de autoridades, representantes de algum poder, muitos dos quais exibiam ares de superioridade, carregando numa das mãos a vaidade, noutra a arrogância e, sinceramente, a animosidade gratuita não derivava desses qualificativos, provinham, seguramente, de desconhecida repulsa íntima.
Num outro plano, reconhecemos pessoas de nosso próprio relacionamento. Amigos de amigos, freqüentadores da nossa igreja, colegas de trabalho, pessoas simples como nós; no entanto, o espírito hesitava em se aproximar deles. Esses, na sua maioria, se nos apresentavam simplesmente como a forma cilíndrica perfeita. Não são detestáveis nem sombrios, apenas vislumbramos às suas voltas aquelas cortinas impeditivas de aproximações. Confesso que, à luz da ciência dita materialista aplicada, desconheço as razões explicativas para os fatos (trauma antissocial? Inibição extremada? Introversão? Ou simplesmente algum outro mecanismo de defesa?). Certa vertente religiosa afirma --- para alguns casos --- tratar-se de fundo cármico. Seriam os resultado de relacionamentos pretéritos refletindo em suas ações presentes, ensejando afinidade ou aversão com os envolvidos.
Quanto aos outros casos, permitam-me retirar a minha colher de pau deste intrigante angu de caroço!
Por que sentimos alegria, franqueza, evolução de idéias férteis conversando com algumas pessoas e com outras não? Por que chegamos a manter com essas últimas --- sem juízo prévio formado --- relação de constrangimento e até ojeriza? Estranho, não é? A coisa surge do nada!
A verdade é que existem certas pessoas que não cabem em nossas medidas.
Você, caro(a) amigo(a) certamente já passou pela experiência de conversar ou ao menos tentar conversar com um poste?
É difícil entender tal situação, mas existem pessoas inclinadas a portarem-se ou serem pressentidas como tal.
São seres difíceis de abordarem; não há, neles, lados direito ou esquerdo, frente ou trás. Apresentam-se tais a formas cilíndricas perfeitas, sem arestas ou ranhuras onde você possa prender um gancho de prosa.
Quando ousamos lhes endereçar palavras vimo-las ricochetear-lhes perdendo-se no espaço; não encontram eco receptivo. De algumas delas, amenas ainda, em que a indiferença e a frieza do poste não as consumiram por dentro, podemos esperar alguns monossílabos muito embora sempre no sentido de inibir-nos a continuar.
É realmente assim. O indivíduo tem algo a nos desencorajar à sua volta, somente permitido aos médiuns ver e a nós pressentir. Trata-se, sei lá, de alguma força estranha capaz de arruinar as nossas ligações neuroniais. É chegar perto do poste e ter aquele branco constrangedor.
Conheci-os na forma de autoridades, representantes de algum poder, muitos dos quais exibiam ares de superioridade, carregando numa das mãos a vaidade, noutra a arrogância e, sinceramente, a animosidade gratuita não derivava desses qualificativos, provinham, seguramente, de desconhecida repulsa íntima.
Num outro plano, reconhecemos pessoas de nosso próprio relacionamento. Amigos de amigos, freqüentadores da nossa igreja, colegas de trabalho, pessoas simples como nós; no entanto, o espírito hesitava em se aproximar deles. Esses, na sua maioria, se nos apresentavam simplesmente como a forma cilíndrica perfeita. Não são detestáveis nem sombrios, apenas vislumbramos às suas voltas aquelas cortinas impeditivas de aproximações. Confesso que, à luz da ciência dita materialista aplicada, desconheço as razões explicativas para os fatos (trauma antissocial? Inibição extremada? Introversão? Ou simplesmente algum outro mecanismo de defesa?). Certa vertente religiosa afirma --- para alguns casos --- tratar-se de fundo cármico. Seriam os resultado de relacionamentos pretéritos refletindo em suas ações presentes, ensejando afinidade ou aversão com os envolvidos.
Quanto aos outros casos, permitam-me retirar a minha colher de pau deste intrigante angu de caroço!