REVOLUÇÃO DE 1930
Por: David Kooperfield
Em 1920 o Brasil passava por grandes dificuldades econômicas. Recessão ocasionada pela queda do preço do café, diminuição de capitais internacionais em virtude da 1ª guerra mundial que somado a quebradeira da bolsa de valores em 1929 em Nova York, contribuíram para o desaquecimento econômico no globo e também no Brasil.
Em 1930 o Brasil se prepara para as eleições presidenciais. O presidente Washington Luis (oligarquia paulista) rompe com o acordo café-com-leite onde deveria apoiar o candidato dos mineiros e lança a candidatura do paulista Julio Prestes.
Os mineiros reagiram articulando-se com a Paraíba e Rio Grande do Sul formaram a ALIANÇA LIBERAL indicando Getúlio Vargas para presidente e João Pessoa para vice. Essa aliança contou com o apoio dos tenentes, classe média e trabalhadores.
Não deu outra, Júlio Prestes, candidato da situação, apoiado pela máquina estatal, depois de toas as manobras, manipulações, arranjos, complôs e corrupção eleitoral fora o vencedor. Prática comum na nossa política eleitoral ainda hoje.
A revolta com o resultado por parte da aliança fora imediata, tentaram organizar uma revolta armada em parceria com os demais tenentes à frente. Estopim veio com o assassinato de João Pessoa na Paraíba por seu adversário político da Paraíba João Dantas.
Os revoltosos aproveitaram o incidente e responsabilizaram o grupo de Washington Luis pelo assassinato. Como sempre nesse país, tanto a situação como a oposição neste pais se utiliza de meio inescrupulosos para alcançar seus fins. A rebelião liderada por Getúlio estoura em 3 de outubro de 1930 em Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Nos dias 4 e 5 choque com as tropas federais e o movimento se generaliza pelo resto do país. São Paulo se mantém neutro. No dia 24 de outubro Washington é deposto e Vargas assume o governo provisório. A continuidade dessa história você já conhece.