Um dia de domingo...
Um dia de domingo
Na infância, os dias de domingo eram sempre os mesmos: missa pela manhã, almoço em família (leia-se: tios, primos, parentes de tudo quanto era lado...), churrasco, correria, casa bagunçada...
Na adolescência, as missas pelas manhãs rarearam (passei a preferir as missas do final da tarde, que culminavam na ida ao cinema ou ao barzinho)... Mas os almoços cheio de parentes continuavam sagrados...
E o final da noite, tanto na infância quanto adolescência dependiam das atividades anteriores e posteriores. Na infância: cansaço, de tanta brincadeira... Ou raiva: aula no dia seguinte.
Na adolescência, sempre esperança (se algo não havia obtido sucesso, quem sabe na próxima vez?... Mas se havia acertado o alvo... Insônia na certa! Várias e várias sessões mentais sobre o ocorrido...).. E ainda a raiva: aula no dia seguinte.
Mas, aos domingos, o que sempre, fatalmente, entediavam: jogos de futebol, corridas de fórmula 1, música de abertura de Os Trapalhões... e o pior: trilha do FANTÁSTICO.
Hoje, os domingos, milênios após infância e adolescência... Alegria: acordar com sorriso de um bebê... Carinhos de um bebê, Cheirinhos de um bebê... Sol, som, cheiros... A vida é monótona, mas dependendo do foco, acha-se a razão...
Os Trapalhões (Turma do Didi), Futebol, Fórmula 1...Fantástico... E coisas afins... Ainda bem que não preciso disso para meu domingo acontecer.
Ok. (alguém se lembrou) ... Amanhã tem aula.
Mas, no momento, isso não é raiva. É um dos motivos que se misturam à razão de se viver...
(Adriana Luz)