E as noites de autógrafos?

E as noites de autógrafos ?

Até quando, era a pergunta que circulava entre os presentes a um recente evento.

Sempre gostei de ir aos lançamentos, com o objetivo de incentivar, principalmente se for de autor estreante. E encontrar os que também gostam de livros, de ler. Não são todos, evidente. Há alguns que vão com a família toda e sequer adquire um exemplar. Vão apenas para o boca-livre com a maior cara de pau.

Mas mesmo não tendo boca-livre se o escritor é conceituado, vale a pena ir. É o caso do autor de “Filho Eterno”, Cristóvão Tezza. Quando soube que ele estaria em Promissão, cidade vizinha, no ano passado, não hesitei de ir até lá só para conhecê-lo e obter um autógrafo no livro então bem comentado. Não à toa que ele foi contemplado com quase todos os prêmios literários de 2007 e pôde até abandonar o cargo de professor universitário e viver só de escrever.

A indagação feita no início tem procedência. Com o livro digital sendo bem acolhido, como vem acontecendo, de que maneira fazer lançamento de algo invisível, sem suporte físico? Onde o autor colocaria o seu autógrafo? Com tantos e-livros, nunca soube que algum autor promovesse uma noite de lançamento ou seja lá o que se denomine tal evento.

Agora que o livro digital está ganhando terreno, não há dúvida. Dizem que o site Amazon está vendendo mais o livro digital que o livro impresso. Vamos aguardar para ver o que acontece. Mesmo que um e-book possa estocar o equivalente a mil exemplares, tenho sérias dúvidas se vou abandonar o livro de papel. Depois, as estantes vazias vão me causar certa melancolia.

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 27/02/2011
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