Acumulação e suas consequências

Por esses dias estava fazendo uma releitura do livro de Karl Marx Acumulação Primitiva e comecei a refletir o seguinte: No início da civilização todos eram donos de tudo, ou melhor tudo era de todos. Viviam num sistema nômade, se hoje não tem mais como sobreviver aqui vou procurar noutro lugar. E assim viveu nossos ancestrais por milhares de ano. Depois veio as trocas. Nesse meio tempo as mulheres descobrem que ao derramar sementes no solo germinava e davam frutos. Era um tempo de pureza e de busca da sobrevivência sem nenhuma ganância.

No livro Marx começa a prever essa ganância onde se inicia os cercamentos. Já com a ânsia de acumular começou-se a cercar terras e se dizerem proprietários, aliás ainda hoje no Brasil temos os famosos latifundiários que se apossaram de muitas terras em detrimento dos pequenos. Pois bem, com a Revolução industrial o homem que tirava sua subsistência da terra começou a ser recrutado para o trabalho e não mais tendo o direito de permanecer plantando. E ai se instala o “mais valia”, onde o industrial na astúcia de conseguir muito lucro com um dia de produção paga aos funcionários e os outros dias são lucros.

Então com muita sabedoria Marx diz: “ A acumulação primitiva desempenha na economia política o mesmo papel, pouco mais ou menos, que o pecado original. Adão mordeu a maçã, e o pecado surgiu no mundo.

E hoje, vivemos num mundo que privilegia muito e TER e esquecendo-se de SER, que nos faria pessoas bem melhores, pois o consumismo está consumindo muita gente deixando que a infelicidade reine.