Espalhados no gramado verde, lá estão eles plantados na Ponta do Cabo Branco. São retirantes, passistas, amantes, e em sua grande maioria são mulheres. O artista demostra alí sua grande paixão pela figura feminina. São esculturas negras, despojadas, encantadoras. São mulheres nuas, lindamente despidas, expondo a nudez de maneira exuberante. O frio do mármore não conseguiu torná-las frias. Em quase todas,os peitos são volumosos, arrebitados, audaciosos. As bundas, redondas, caderudas. Essa segura o filho de encontro ao corpo e a ele entrega o peito. Aquela se gruda a seu homem e alí paralisa. Em todos um apelo para que os toquemos. E, faço. Minhas maõs deslizam na superfície lisa dos corpos desnudos e uma ternura me invade. Mas, o conjunto que me encanta e comove é o dos retirantes retratados de maneira forte e fiel. A iluminação difusa concorre para a magia. Nem a fina chuva que cai nos afasta. E um percorrer de um á outro acontece. Uma vontade de apreendê-los dentro de mim, de retê-los, já que dentro em pouco partirão rumo á França. Que os franceses saibam entender e apreciar um trabalho tão intenso, tão forte, tão perfeito do mestre ABELARDO DA HORA, digno representante dos escultores pernambucanos. E que voltem a nossa terra o mais rápido possível para que possamos nos reencontrar. São os nordestinos do artista nordestino invadindo a Europa e levando um pouco de nós além de nossas fronteiras, mostrando que até em esculturas, temos vida.
Espalhados no gramado verde, lá estão eles plantados na Ponta do Cabo Branco. São retirantes, passistas, amantes, e em sua grande maioria são mulheres. O artista demostra alí sua grande paixão pela figura feminina. São esculturas negras, despojadas, encantadoras. São mulheres nuas, lindamente despidas, expondo a nudez de maneira exuberante. O frio do mármore não conseguiu torná-las frias. Em quase todas,os peitos são volumosos, arrebitados, audaciosos. As bundas, redondas, caderudas. Essa segura o filho de encontro ao corpo e a ele entrega o peito. Aquela se gruda a seu homem e alí paralisa. Em todos um apelo para que os toquemos. E, faço. Minhas maõs deslizam na superfície lisa dos corpos desnudos e uma ternura me invade. Mas, o conjunto que me encanta e comove é o dos retirantes retratados de maneira forte e fiel. A iluminação difusa concorre para a magia. Nem a fina chuva que cai nos afasta. E um percorrer de um á outro acontece. Uma vontade de apreendê-los dentro de mim, de retê-los, já que dentro em pouco partirão rumo á França. Que os franceses saibam entender e apreciar um trabalho tão intenso, tão forte, tão perfeito do mestre ABELARDO DA HORA, digno representante dos escultores pernambucanos. E que voltem a nossa terra o mais rápido possível para que possamos nos reencontrar. São os nordestinos do artista nordestino invadindo a Europa e levando um pouco de nós além de nossas fronteiras, mostrando que até em esculturas, temos vida.