Criança á Sombra do Amor

São Paulo, sem data para ser eterno.

Parece que dentro de cada um de nós mora uma criança, um menino procurando abrigo, um cobertor, um carinho de mãe, um conselho de pai ou um beijo de uma coleguinha de escola.

É podemos não ser mais criança, mas com certeza em nosso convívio sempre tem aquela pessoinha que vê em você algo especial, fantástico e acredita que pode confiar e confessar os momentos de peraltices. Uma espécie de super herói, não por você parecer o Clark Kent ou por presenteá-lo em algumas datas e nem pelo fato de ser mais velho. Toda via tudo isso também ajuda, mas o teu pequeno a tua pequena confia em você e sabe que sempre está ali por perto mesmo no medo nas alegrias e nas partilhas amorosas, ah o amor! Parece ser à sombra de uma criança e a textura de um beijo.Pois bem, hoje é um dia que me fez lembrar que alguém me contou uma pequena historia, porem uma bela narrativa, algo que marcou meu coração e tocará o seu através desses escritos.

Certa vez no farol de qualquer lugar tinha dois irmãos Davi e Daniel (vendedores de bala) que assiduamente estavam ali buscando o sustento de sua família renegando sua infância para defender seu alimento. Sempre passava por ali dentro de um Del Rey dourado um senhor humilde que gostava de dividir o pouco que Deus lhe preparava com os menos favorecidos e não foi diferente com os meninos. E logo a vista de mais um cliente Daniel que era mais desinibido lhe ofereceu para comprar um pacote de bala que custava pouco mais de R$ 1,00 ele comprou e em seguida passou a mão em seus cabelos fazendo carinho, essa mesma cena se repetiu por pelo menos 23 dias seguidos e o Davi que era tímido, porem mais sensível sempre observava com atenção algumas vezes com lágrimas em sua face angelical. De repente aquele senhor sumiu nunca mais apareceu e o Daniel sentiu sua falta, mais não deu muita importância e certa vez não pode trabalhar, pois tinha que levar sua avó para ir ao médico e como um neto zeloso a acompanhou o que impossibilitou sua lida e não podia executar seu serviço.Seu irmão Davi ficou na incumbência de realizar as tarefas das vendas e naquele dia tomou uma decisão diferente foi para outro farol devido às vendas estarem ruins naquele ponto foi para um novo lugar, novos ares novos clientes e etc. E por conhecidência em seu novo local de trabalho encontrou aquele mesmo senhor do Del Rey e Davi correu para lhe oferecer a bala costumeira e bateu no vidro do carro e diferente de outras vezes ele não abriu os vidros, mas Davi insistia até que ele abriu e falou:

__ Filho parei de passar lá no outro farol de vergonha de não ter dinheiro para comprar suas balas.

Davi respirou fundo e disse:

__ Não pelas balas que essas bem sei que o senhor nem chuapava só comprava para nos ajudar, somente sentir falta do seu carinho no cabelo.

O senhor com os olhos lagrimejados respondeu:

__ Mais eu nunca lhe fiz carinho em você sempre era no seu irmão.

O menino vermelho de vergonha e emocionado disse:

__ Engano seu! Tudo bem que era o meu irmão, mas pode ter certeza que era como se fosse em mim, e hoje que ele não está não precisa comprar balas apenas faça o mesmo carinho que ele também sentirá o calor desse um carinho onde quer que esteja, porque por algumas razões um pai terreno não pode nos dar.

“Se nós simplesmente sentíssemos as dores e alegrias de nossos irmãos gozariamos dos momentos de felicidade alheia como se fosse nossos sonhos realizados. Deus muita das vezes presenteia nossos irmãos com a intenção que o aroma invada nosso cotidiano e nem paramos para o parabenizá-los ou para simplesmente respirar fundo e sentir a mesma felicidade. (Pense nisso).”

Luciano Bismarck
Enviado por Luciano Bismarck em 26/02/2011
Reeditado em 27/02/2011
Código do texto: T2815766
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