CRÔNICA #051: ESCORPIÃO - O PASSAGEIRO CLANDESTINO

Hoje foi um dia totalmente atípico. Além de minhas rotinas diárias normais, outras se agregaram e preencheram o meu tempo, roubaram a minha inspiração por alguns momento.

Às duas da tarde, cheguei ao Aeroporto Regional do Cariri para buscar minha filha caçula que veio passar uns 15 dias comigo para também festejar os meus sessenta anos no dia 4 de março. Chegamos em casa, almoçamos e estamos superfeliz com sua presença.

Pelas cinco e meia da tarde, ouvi um grito: “Ai, Pai! Fui picada por um escorpião”. Corri para seu quarto e vi aquele aracnídeo com sua cauda armada em bote, um autêntico Tityus serrulatus. A picada do escorpião amarelo em crianças pode ocasionar um estado clínico grave levando até a morte, entretanto a picada do escorpião preto apesar de dolorosa dificilmente ocasiona a morte da vítima.

Levei-a ao hospital de minha cidade, mas fiquei decepcionado com o atendimento que ficou muito a desejar. O médico mal olhou para ela e apenas receitou um anti-inflamatório. E logo em seguida deu-lhe alta e nem quis conversa conosco.

Conduzi minha filha para a cidade vizinha e lá foi muito bem atendida e foi aplicado o soro antiescorpiônico. Agora estamos em casa e, graças a Deus, ela está fora de perigo. Graças a Deus que tudo transcorreu bem. Estamos em casa e ela passa muito bem, graças a Deus!

Mas testemunhei o caos e a deficiência em que se encontra a Saúde Pública. Quanta gente chorado e gemendo de dor. Um péssimo serviço de saúde. Mudar mesmo, espera-se só daqui a 2 anos. Como esse tipo de escorpião não é comum em minha região, mas abundante em outros lugares como Goiás, deduzimos que o mesmo viera de Brasília, já que minha filha estava chegando de lá.

Aprendamos a votar para não lamentarmos por mais quatro anos.

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 26/02/2011
Reeditado em 26/02/2011
Código do texto: T2815474
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