Meu predileto
São diletas as letras quando com elas nos envolvemos. Marionetes desde a infância, quando, mesmo sem saber juntá-las, eram personagens de nossas cartilhas com chapéu, laço, sapatinho e canelas finas. Lembro-me ainda que “P” e “B” estavam prestes a se afogar quando veio “N” para salvá-las, mas não conseguiu. Somente o salva-vidas “M” pode empurrá-las e é por isso que antes de “P” e “B” não se usa o “N”.
Na mesma escolinha de fundo de quintal, aos cinco anos, estudávamos a “Cartilha dos Animais”. Para cada letra havia um animal por página, da Águia à Zebra. Depois vieram revistas em quadrinhos: Mônica, Bidu, Zé Carioca... até que chegou a vez somente das palavras. Em voz alta, em silêncio, deitada ou sentada as figurinhas passaram a ser criadas pela imaginação. Quantos filmes incríveis foram projetados assim!
Muitos livros depois veio a febre de escrever. Como o faço, não experimentei a escrita a lápis, à caneta, nem à máquina de datilografia. Não! Neste formato já ensaiei os primeiros textos na tela do computador. Chamo de escritura esta forma de escrever totalmente envolvida com as letras, impregnada pelas palavras, cuja escola é a vida. Aqui os sentimentos são marionetes e as letras são regentes.
A escritura, assim, seria o deixar-se escrever. Primeiramente o texto flui livre e só depois passa pela correção, censura e corte. Daí resulta em texto para ser arquivado, aniquilado ou exibido. E que encanto de mundo é esse, que permite a postagem de um lado e o retorno imediato de outro?! Deixo a digressão sobre os olhos que leem do lado de lá para outro dia. Confesso que esta crônica foi iniciada com a séria (e frustrada) intenção de responder à pergunta de Anita: ”qual o texto seu publicado aqui, que você mais gosta?”. Hoje é este. Amanhã, quem sabe?!
São diletas as letras quando com elas nos envolvemos. Marionetes desde a infância, quando, mesmo sem saber juntá-las, eram personagens de nossas cartilhas com chapéu, laço, sapatinho e canelas finas. Lembro-me ainda que “P” e “B” estavam prestes a se afogar quando veio “N” para salvá-las, mas não conseguiu. Somente o salva-vidas “M” pode empurrá-las e é por isso que antes de “P” e “B” não se usa o “N”.
Na mesma escolinha de fundo de quintal, aos cinco anos, estudávamos a “Cartilha dos Animais”. Para cada letra havia um animal por página, da Águia à Zebra. Depois vieram revistas em quadrinhos: Mônica, Bidu, Zé Carioca... até que chegou a vez somente das palavras. Em voz alta, em silêncio, deitada ou sentada as figurinhas passaram a ser criadas pela imaginação. Quantos filmes incríveis foram projetados assim!
Muitos livros depois veio a febre de escrever. Como o faço, não experimentei a escrita a lápis, à caneta, nem à máquina de datilografia. Não! Neste formato já ensaiei os primeiros textos na tela do computador. Chamo de escritura esta forma de escrever totalmente envolvida com as letras, impregnada pelas palavras, cuja escola é a vida. Aqui os sentimentos são marionetes e as letras são regentes.
A escritura, assim, seria o deixar-se escrever. Primeiramente o texto flui livre e só depois passa pela correção, censura e corte. Daí resulta em texto para ser arquivado, aniquilado ou exibido. E que encanto de mundo é esse, que permite a postagem de um lado e o retorno imediato de outro?! Deixo a digressão sobre os olhos que leem do lado de lá para outro dia. Confesso que esta crônica foi iniciada com a séria (e frustrada) intenção de responder à pergunta de Anita: ”qual o texto seu publicado aqui, que você mais gosta?”. Hoje é este. Amanhã, quem sabe?!