Viaduto Leon Feffer

7:30 da manhã saiu de casa,

Num dia 7 como outro qualquer,

Ia ao trabalho como de costume,

Tudo normal para aquela mulher.

Quando o inesperado aconteceu,

Seu carro do nada parou,

Tentou novamente, sem sucesso,

Na subida do viaduto ficou!

Logo acionou o pisca alerta e o triângulo,

Num lugar terrível para se parar,

Pessoas e carros passando,

E ninguém disposto a ajudar!

Confusão generalizada,

Rapidamente se formou no local,

Pessoas logo cedo estressadas,

Atrasadas e muito nervosas, por sinal.

Um homem descontrolado desceu do seu carro,

Pegou o triângulo do local apropriado,

Entregou a mulher e disse: saia daí!

Ela falou: como posso fazer isso, moço...

Se o meu carro não consegue sair daqui?

O homem ignorou e foi embora bravo,

E a mulher continuou ali.

Uma outra mulher parou com o seu carro atrás,

Um outro homem na traseira do carro dela bateu,

Os dois desceram do carro e começou a discussão,

E depois foram embora, ignorando a situação

E a mulher apreensiva, que necessitava de ajuda e atenção.

Alguns minutos se passaram,

E a mulher já não sabia mais o que fazer,

Ligava para um e para outro,

E nada de pronto socorro obter.

Quando de repente atrás do seu carro,

Outro carro parou e um homem desceu,

Alto, bonito e jovem se aproximou,

O que tá acontecendo, moça: perguntou?!

O meu carro está com problemas, moço...

Ele não quer sair do lugar!

O moço entrou no carro dela,

Para disso se certificar,

Ver se aquilo era verdade ou coisa de mulher,

Não custa nada averiguar...

Mas como viu que era mesmo assim,

Resolveu ajudar a mulher, enfim...

Empurrou o carro dela com muito esforço,

Até um local seguro, onde estacionou.

Ela agradeceu a gentileza do moço,

Seu nome e celular perguntou,

Ele também o dela, quis saber.

Ele se ofereceu levá-la ao trabalho,

Ou onde precisasse ficar,

Gentileza que ela não rejeitara:

mas, isso não vai te incomodar?

Ele disse: não! Tô voltando agora do trabalho,

E isso não vai me atrapalhar.

Dentro do carro dele, conversaram um pouco,

E logo na porta do trabalho, ele a deixou...

Se despediram sorridentes,

No que ele perguntou:

Posso te ligar sem problemas,

Você não é casada ou coisa assim?

Ela disse: não sou comprometida, não...

Quando quiser me ligar, pode sim!

Mais tarde então, já na oficina

O carro da mulher passou por uma revisão,

O que teria acontecido,

Para que deixasse ela na mão?

Mas nenhum defeito foi encontrado,

Apenas uma peça que se desconectou,

Conectada novamente, o carro logo funcionou.

Dias depois se reencontraram,

A mulher e o homem que a ajudou...

E do refrão de uma música, ela se lembrou:

Eu só quero saber em qual rua (viaduto leon feffer),

Minha vida vai encostar na tua...

Não foi uma profecia qualquer,

Ainda mais vinda daquela mulher:

“Deus quer te dar um grande amor, ainda esse ano”...

Foi assim que tudo começou.

Uma semana depois do vaticínio,

Foi o tempo exato que levou.

Marina Vertuani em 25/02/2011

Marina Vertuani
Enviado por Marina Vertuani em 25/02/2011
Reeditado em 07/03/2011
Código do texto: T2814682
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