NO ESTALEIRO HÁ MAÇAS

De longe pode ser visto, por olhares diversos, um belo estaleiro. São postas e expostas diversas maças. Como a pedir para algum agricultor vendê-las no vilarejo mais próximo.

Por mãos edificantes, um vermelho sem igual e brilho intenso, as maças são selecionadas. Umas em um cesto, outras em outro. No ato seletivo são divididas a principio por tamanho, num segundo momento pela cor e textura.

Os amigos que fazem a seleção não podem provar nenhuma delas. As comparações entre elas são estabelecidas apenas pelo olhar, pela estética, enfim pelo exterior.

Chegando ao vilarejo as maças são compradas. Novamente apenas por critérios já elucidados. Nas residências as maças irão ser provadas. Algumas tão doce quanto o mel, outras nem tanto.

De modo distinto, na cozinha dos compradores irá acontecer outra seleção. Desta vez pela qualificação.

As que se apresentam bem doce irão ser comidas ao bel prazer durante o passar do dia. As que não são tão doce quanto as outras, perguntamos: Vamos jogar?

De modo algum iremos jogá-las! Usaremos nossos conhecimentos. Todos aqueles que aprendemos em nossa vida. Torná-los úteis neste momento.

Faremos uma suculenta torta de maças, com açúcar e canela. Ganharão um sabor todo especial.

Elas poderão ser degustadas com louvor por todos. Nenhuma maça será jogada no mundo em que tiver pessoas inteligentes e que olham o estaleiro, o mundo com gigantesco amor.

Autor: Clodoaldo dos Santos Pereira

Data: 24-02-2011

Clodoaldo dos Santos Pereira
Enviado por Clodoaldo dos Santos Pereira em 24/02/2011
Reeditado em 31/10/2017
Código do texto: T2813201
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