A MORTE E SUAS DIFICULDADES.....

Ninguém aceita com resignação o despojamento da vida, a perda desse seu maior bem e dos entes queridos que se vão. Por este motivo, filósofos e livres pensadores creram que a eleição do desconhecido como uma nova vida é fruto do temor e da imaginação. Nessas pegadas várias crenças se formaram desde que o homem surgiu.

Recebo um instigante livro de um querido amigo, “Transição Planetária”, nele está escrito entre muitos outros destaques: “As soberanas leis sempre se encarregam de reequilibrar a ordem onde se hajam manifestado a agressividade e o crime, o despautério e a crueza de sentimentos”. Essa respeitabilíssima afirmação chega do processo do mundo espiritual na conformidade do que externa o livro. São fatos imanentes ao ser humano.

Com o letrado presente, alentada e caríssima dedicatória, com a recomendação sempre esclarecida e proveitosa sobre o tema, para ler a resposta à pergunta de número 737 do “Livro dos Espíritos”, e me chegam as fls. da referida e universal obra. Já conhecia sem aprofundá-la, confesso estar sempre acanhado em inteligência para enfrentar o desconhecido, a não ser pelos tortuosos caminhos da fé, embora me sejam explícitos e até materiais pelas sendas que construiu em minha vida; as mais fortes.

Interroga a questão apontada “Com que fim fere Deus a humanidade por meio de flagelos destruidores?” Acrescenta que nesses episódios homens bons e maus sucumbem, isto seria justo? Indaga. Soma ainda mais, dizendo ser nada a vida, “bem pouca coisa”, e um século dessa vida seria como um relâmpago para a eternidade. E nada seriam “os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses” de que tanto “nos queixamos”. “Os espíritos que preexistem e sobrevivem a tudo, FORMAM O MUNDO REAL” Caixa alta minha.

E arremata com soberania espiritual, “esses os filhos de Deus e o objeto de toda sua solicitude”. Tenho enorme dificuldade para entender esse giro que leva à perfeição, mas respeito maximamente esse credo. Pela fé não tenho limites, mas precisei dos sentidos de Tomás de Aquno, de sua genialidade, para perceber profundamente o Primeiro–Motor, também dos passos indicados pela Virgem, os quais devia seguir, e o fiz, com maravilhas ocorrentes no caminho. Não descreio da existência do espírito, Cristo ressuscitou, mas era o Filho de Deus, e pediu a Tomé, descrente, que tocasse suas chagas. Era espírito reencarnado.

São, portanto, os espíritos, os filhos de Deus, os que aqui estão em nosso corpo, e os que estão em outras vidas em giro espiritual. E nas calamidades são levados em maior número, para regenerar e melhorar, mais rapidamente, aqueles que vieram e voltam nessa roda de lágrimas. E minha parca inteligência pergunta, por quê? “Toda solicitude” e o “mundo real” são essa permanente aflição que traz a dúvida em nossa eterna busca. O pensamento não evolui, involui na frequente indagação de Shakespeare: “não ouso crer nem descrer de nada”.

Por qual razão esse estado do mundo real, espiritual, que é tudo, solicitude, plenitude, relâmpago cósmico, eternidade, não configura o permanente Éden? O romanceado mal, que foi o fruto da vida, o bem, trazendo vida e convocando para a vida, o amor, teria que formar o Vale de Lágrimas, com sucessivas regenerações fomentadas aceitas e justificáveis até por flagelos, por quê? Que já pertencemos à eternidade como forma nada tenho a resistir, mesmo metamorfoseado em outras formas, materia que somos.Ser um espírito que precedeu e sucedeu outro nesse ciclo, manifestado em várias formas que pensam, me coloca perplexo, sem duvidar, pois conheço e relatei histórias veementes sobre tanto nesse site; "Ressureição". Perdão à amplidão que varre meu espírito por estar ausente de total pacificação, perdão Senhor!

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/02/2011
Código do texto: T2811066
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