Olhos violeta cap. 1
Mais um 25 de dezembro, o dia em que a maioria dos humanos comemora o nascimento de Jesus Cristo. Esse deveria ser o dia em que estes humanos idiotas deveriam homenagear aquele que supostamente os salvou... bem, eu não estou dizendo que eles não lembram dele, longe de mim fazer uma calunia dessas. Eles colocam um presépio aqui e ali, cantam musicas falando sobre seu nascimento, mais começa aí e acaba aí mesmo. Durante o mês todo o centro das atenções são as comidas, os presentes e as melhores decorações, fala sério. Supostamente um cara foi açoitado, espancado, humilhado, pregado em uma cruz e furado por uma lança pra morrer de uma morte lenta, dolorosa e agonizante só porque disse que era filho de Deus e pregava o lema paz e amor, e fez tudo isso pra salva-los ou algo assim e ainda assim no dia do seu aniversario a única coisa com o que se preocupam é se o presente que vão ganhar vai ser mais barato do que vão dar, se o peru esta bem assado ou se a sua casa tem a melhor decoração da rua.
Se eu fosse esse tal de Jesus iria ficar muito puta com os meus irmãos (já que afirmam que Deus e pai dos humanos e tão Jesus e seu manhinho, só estou sendo lógica), eu ia detonar com esses ingratos, quem sabe seja essa a explicação do porque que tanta gente inocente que nunca fez nada a ninguém sofre tanto, crianças sendo torturadas e abusadas e tantas pessoas más que deveria esta apodrecendo na prisão andam por aí impune. Cara, pelo que eles acreditam o todo poderoso lhes criou e deu vida, deu livre arbítrio e deixou que seu filho preferido fosse morto (o que nunca fez muito sentido pra mim), aí o que seus queridos humanos fazem? Deixam o menino na manjedoura de pano de fundo para que o astro principal tenha toda a atenção, um cara sedentário, (péssimo exemplo) todo de vermelho com uma sacola de presentes. Esses porcos consumistas dão mais valor a presentes. Não importa quem os tenha criado ou salvado, o que mais importa é a felicidade material. Por isso vivo longe deles, são uns ingratos que não esperam a chance de apunhalar pelas costas.
E que fique bem claro, eu não acredito nessas lendas dos humanos.
Eu acho que não demorara muito e eles entraram em uma guerra grande de verdade aonde todos os lados perdem e todo mundo se fode, menos eu e claro, nunca vão conseguir inventar uma arma química que possa ao menos me fazer espirrar, e contra armas de fogo me viro numa boa.
Falando no demônio.
Ouvi um carro se aproximando, isso não seria estranho se eu não tivesse no meio de uma floresta com mata fechada, se fosse outro dia qualquer não ligaria já que às vezes vem gente acampar ou em época de caça, mas em pleno natal e já havia passado das 2 horas da manhã, boa coisa com certeza não era!
Concentrei minha audição. Da distancia onde eles pararam identifiquei três corações batendo, mas somente dois saíram do carro, fiquei curiosa, eles estavam a menos de 2 km ao sul.
Passo sempre minhas noites sentada no galho no topo da arvore mais alta onde fico a espera ate o sol nascer. Eu estava seguindo esse ritual a décadas, já nem me acostumara ao aroma das árvores impregnado na minha pele e na minha roupa, meu perfuro era o aroma da floresta, não que eu precisasse pois a sujeira não gruda em mim como nos humanos. Vislumbrei o horizonte quando decidi que iria checar o que os animais selvagens (humanos) estavam aprontando. Observei sobre a imensidão deste mar de folhas verdes, parei sobre o ponto branco do farol do carro e então segui para alcança a alta estrada e parei na parede de montanhas. Olhei para o seu e me despedi temporariamente desta calma temporária. Deste galho onde estava sentada desde que o sol se pôs ate o chão não chegava nem 42 metros e como estava com pressa simplesmente me joguei, a sensação do vento passado pelo corpo e da queda era vibrante. Faltando meio metro do chão desacelerei a descida, deste modo meu pouso foi suave e perfeito sem nenhum ruído, humano algum teria detectado som ou vibração, não que eu não fosse agüentar a queda nessa altura porque teria sido moleza mais é algo muito útil quando não se quer ser detectado. Não sei explicar detalhadamente como funciona, eu somente me concentro e sinto pela minha volta a movimentação do ar, sinto uma ligação com cada partícula, assim meu corpo controla e reagrupa todo o ar de uma área de pelo menos 3 metros ao meu redor e o reposiciona para diminuir minha velocidade como um amortecedor invisível e levemente palpável, eu sei, é complicado de entender e também nunca me dediquei a compreender assim como você não quer saber como um avião funciona, só importa que ele funcione. Minha pele, músculos, ossos e órgãos são super resistentes e é preciso muito mais do que 42 metros num salto livre sem amortecimento pra me fazer sentir pelo menos um leve incomodo e de qualquer forma se a batida for muito forte me curo rapidamente, tipo saltar de um avião sem pára-quedas ou pular de um senhor penhasco.
Quando tenho pressa como agora é preciso me mover rapidamente uso o mesmo principio de saltar da arvore, fico em posição como se fosse correr e ponho meu pé direito na frente, me concentro e dou um impulso como se fosse correr e então o ar me levanta e me movo rapidamente com meus pés ficando no máximo 30 cm do chão, mantenho a altura por pelo menos 50 metros percorridos e então vou perdendo a altura mais não a velocidade, sendo assim preciso tocar meu pé em alguma extremidade como o chão, uma arvore ou uma parede para ter impulso e continuar o trajeto. Nesse momento me organizei pra ficar com 20 cm de distância do solo sendo o suficiente para as pedras e galhos caídos não atrapalharem, seguir mudando de curso é tão fácil como em linha reta, eu poderia simplesmente correr tocando o chão como os humanos fazem, mais aí seria um pouco mais lento que me mover pelo ar e também seria um desperdício de sola de sapato. Seria maravilhoso se pudesse voar, mais nunca foi possível.
Demorou poucos segundos para encontrá-los. Não precisei me preocupar em ser vista, as arvores aqui são bem altas e grossas e para completar o céu esta noite ficou escuro sem a lua. Fique escondida e agachada atrás de uma árvore observando a cena, o carro era um carro comum azul escuro mais com os vidros cobertos por uma película escura, o motivo do farol aceso não me surpreendeu, estavam cavando um buraco, isso mesmo, cavando um cova. Somente dois estavam cavando, o terceiro estava no carro trancado no porta-malas, escutei o som abafado de sua respiração bem controlada como de quem quer manter-se calmo a força ou quem esta planejando algo importante, felizmente ou infelizmente ele ainda se encontrava consciente, isso dependendo do ponto de vista. Pela cena ficaria bem claro para qualquer um que os dois vieram ‘apagar’ o cara (assisti a um filme policial ontem). Em uma situação dessas antes de agir se tem que observar ate o ultimo momento, já me ocorreu de algumas vezes em um dos meus lapsos de benevolência sentir pena do sofrimento da vitima e agir precipitadamente só para acabar descobrindo que a ‘vitima’ na verdade não merecia uma morte rápida e sim uma morte lenta e dolorosa, quando isso me acontecia ficava tão puta da vida que assumia para mim mesma o serviço de me livrar da ‘vitima’, visto que ate que eu volte com o resgatado para devolver e explicar meu engano já teria sido considerada cúmplice, isso tornava a primeira opção melhor e mais divertida. Precisava descontar minha frustração por ter perdido tempo.
Depois de uma hora e meia de trabalho árduo e de uma cova aparentemente terminada o primeiro cara saiu, era apenas um rapaz de pele cor de melado queimado, com o cabelo escuro todo em tranças, alto e muito magro, dava a impressão de que com um vento forte ele sairia voando, seu olhar era tão assustado, olhava em todas as direções a procura de qualquer movimento, tremia levemente e não era de frio. Provavelmente era a primeira vez que fazia algo desse tipo e dava na cara que não ia durar muito tempo.
O segundo tinha o tom de pele não tão escuro quanto o do primeiro, quase podia se passar por branco, mais baixo que o primeiro seus olhos eram castanho claro e um pouco puxados, negro com oriental, mistura interessante. Ao contrario do puro-osso esse estava bem relaxado como se já houvesse lidado com esse tipo de serviço antes e não estava fingindo, pois o pulso e o coração estavam normais, tranqüilo. Quando ele saiu do buraco notou que o primeiro estava a ponto de desistir.
-Eu já não te falei que aqui num tem bronca não, porra? Eu já fiz outros serviços aqui antes e não deu erro. – disse o panaca 2 jogando a pá no chão, tirou da parte de trás da calça uma arma e verificou se estava tudo funcionando.
-Eu sei, eu sei, é só que... bem... é... o cara é um policial, se algo de errado... um cara qualquer não ia ter bronca, mais um tira? Cara, eles vão nos caçar, matar e perguntar depois. - ele começou a mexer nos bolsos, ouvi o barulho de chaves.
-Fica sabendo que se você cair fora eu te mato e enterro junto com ele. –ele apontou a arma para o rosto do outro - E ai, ta comigo ou ta fora?
-Eu to com você cara, eu to com você, agora abaixa essa arma e vamos terminar com isso. – caramba, fazia tempo que não via alguém ficar tão pálido e tão rápido assim.
-Assim é melhor, o chefe quer que liguemos assim que acabar e não estou a fim de ser chamado atenção pela demora.
Bom, pelo que deu pra perceber os dois são paus-mandados, agora só falta saber se o policial merece ter sua vida prolongada já que nem sempre os policiais estão do lado do bem. Em situações desse tipo já peguei a manha de descobrir se devo me intrometer ou não, normalmente as pessoas ficam muito falantes no seu momento final. “por favor, por favor, sou inocente” normalmente essa e mentira, “não fui eu, eu juro, não fui eu, foi fulano”, “porque vocês estão fazendo isso? Eu não fiz nada de errado, foi acidente”, “quanto estão pagando pra vocês? Me diz o valor e eu pago o dobro, quanto é ?”, “eu não vou fazer de novo, eu prometo que isso nunca mais vai acontecer”. Nesses momentos eles quase sempre falam a verdade então fica mais faz decidi se vale à pena interferi, isso se eu estiver de bom humor é claro! Ate que meu humor não estava tão ruim nesse momento.
Os dois foram tirar o vacilão do porta-malas, o panaca 1 ficou com a missão de abrir a porta e o panaca 2 apontava a arma, o magrelo girou a chave e o coração do policial passou de 90 para 130 em segundos... Céus, por essa eu não esperava e nem os panacas, no momento em que abriram a porta o cara deu um senhor chute do rosto do panaca 2 que recuou pondo a mão no rosto (uma cena que posso dizer que adorei) e pulou pra fora, deu um empurrão que derrubou o magrelo facilmente e saiu correndo em disparada como se sua vida dependesse disso (opss!!). Os dois logo se recuperaram e partiram atrás do prejuízo, eu fui me movendo junto por entre as arvores para ver aonde isso ia dar, e para ser sincera estava ficando interessante. Passei pelos dois e fui acompanhar o policial e só o vendo de perfil foi que notei que ele estava com as mãos presas para frente por essas coisas brancas de plástico, por acaso algema esta fora de moda? Ele usava uma calça jeans, uma camisa de manga comprida azul escura e um tênis preto. Já tinha visto um cara desse tipo pela TV participando de concursos de fisiculturismo e filmes de ação de quinta. Puro músculo, só e difícil saber se foi conseguida com muita malhação ou com injeções a base de hormônios animais ou sei lá o que.
Ele fez uma boa escolha de caminho para fugir, por onde seguiu o chão era mais reto e limpo e não havia muitas árvores para atrapalhá-lo, ele virava a cabeça de um lado para o outro provavelmente procurando uma luz nessa escuridão, correu mais alguns metros e parou, a sua frente não havia nenhum obstáculo que o impedisse mais seu rosto estava virado pra sua direita na direção... onde eu estava. Virei e olhei atrás de mim e não havia nada que pudesse chamar sua atenção e não podia ser eu, não, ele nunca poderia ter me visto nem me ouvido.
Vi o seu rosto. Senti uma dor tão imensa e antiga. Por um momento achei que eu estivesse enlouquecida, perdi a noção de todos os sentidos, como se tivesse deixado de ter corpo, só naquele momento notei a cor dos seus olhos, mas neguei e me convenci de que mesmo com a minha super visão eu estava enganada e que os olhos dele não eram daquela maldita cor. Ele estreitou seus olhos ainda olhando a minha direção porem nossa concentração foi quebrada com a aproximação dos seus carrascos, foi um grande erro parar desse jeito, eles não estavam muito longe, talvez o policial pudesse ouvir o que eles estavam falando, estavam brigando entre si e previsivelmente colando a culpa um no outro.
- Eu não vi de onde veio o pé dele, meu nariz ta estraçalhado, não foi culpa minha, agora você viu tudo e ficou só olhando e a única coisa que você fez foi sair da frente para que ele pudesse passar. – disse o panaca 2 desperdiçando fôlego.
- Não é verdade, ele me empurrou, foi tudo muito rápido, olha cara, se ele fugir o que vamos fazer? – havia tanto medo na sua voz.
- Se ele escapar irei hoje mesmo embora da cidade, vai ser o único jeito de ficar vivo.
- E pra onde você vai? – disse esperançoso.
- Até parece que eu iria te contar. – dei um leve empurrão no esquelo-andarilho e aumentou a velocidade.
Esse chefe deles parece ser da pesada, eu iria gostar de conhecê-lo e poderia lhe ensinar algumas coisas.
A próxima escolha de caminho do policial não foi boa, optou por seguir em direção da clareira, mesmo com o céu escuro ficaria claro demais pra quem não quer ser visto. Pronto, ele entrou na clareira. Certas pessoas não merecem ser salvas por serem tão idiotas. Pela sua expressão ficou obvio que percebeu a besteira que fez, ao menos dessa vez ele não parou para pensar, seguiu em linha reta correndo o mais rápido possível para chegar ao outro lado.
- É melhor você parar! – gritou o panaca 2 apontando a arma. – Vamos, você sabe que não tem escapatória.
Como se alguém fosse burro o suficiente para obedecer, como se depois de tudo isso ele fosse se virar e se entregar pacificamente, esse cara nunca faria isso. É o tipo de cara que luta até o final, eu pensei, que não desiste facilmente, um ponto a seu favor. Infelizmente eu vi uma cena que me deixa sempre muito, muito furiosa, ela é típica dos humanos, já vi várias vezes e ainda sim sempre que eu presencio me faz ferver de ódio como se fosse comigo. Enquanto o panaca 1 corria atrás do fugitivo, o panaca 2 parou, mirou e atirou no policial, isso mesmo, atirou pelas costas, tremenda de uma covardia, nossa, tudo bem que ele tava sem opções, mais porra, atirar pelas costas não se faz. Com o barulho o clone masculino da Olivia Palito se agachou como se estivesse em meio a um tiroteio, como se o policial pudesse revidar. Já o policial deu sorte e a bala entrou somente no ombro direito, com o impacto ele foi jogado para frente mais conseguiu ficar ereto rapidamente e voltou a correr, com as mãos presas tentou achar por onde a bala tinha entrado, parecia que tava tentando tapar o ferimento, era uma boa idéia já que a camisa dele estava ficando ensopada de sangue, mesmo no azul escuro dava pra vê.
Eu deveria ajudá-lo, só que ele parecia ser o tipo de cara que gosta de lidar com a situação sozinho, ele não ia querer ser salvo enquanto ainda pode-se escapar com o próprio esforço. Eu estava tão impressionada com a sua determinação (o que não e comum para os humanos a não ser nos filmes) quando chegou ao meio da clareira que o segundo disparo pegou até a mim de surpresa, hoje estou tão distraída, pensei. A bala entrou pelo lado direito da cintura, a do ombro ele conseguiu ignorar mais o segundo não deu, o impacto o jogo no chão e lá ele ficou ofegando e gemendo (ao menos não gritou), enfim finalmente desistiu. Bom, pelo jeito não vai mais ter graça então essa era a minha deixa, segurei duas arvore finas uma com cada mão, peguei impulso e saltei, devia ser uns onze ou doze metros de onde ele estava, foi moleza. Pousei centímetros dele, silenciosa, ele nem percebeu, espantosamente seu sangue tinha um cheiro bom, era limpo e sem traços de qualquer doença ou drogas, o que é milagre hoje em dia e me deu vontade de prová-lo. Eu o virei de rosto para cima, seus olhos me fitavam atordoado provavelmente por não ser quem ele esperava que o tocasse. Meu coração parou por alguns segundos, o ar não passava pela minha garganta de tão apertada, meu corpo tremia e a loucura estava bem perto de me dominar vindo do fundo aonde a tranco dentro de mim, seus olhos eram cor violeta, uma cor tão rara que essa e a segunda vez que via em alguém pessoalmente, tive que levantar uma barreira contra as lembranças que estavam querendo reviver sem a minha vontade. Elas ficavam enterradas e esquecidas nos momentos em que eu estava consciente e esse era o pior momento para elas me atormentarem. Me concentrei e meu coração e minha respiração voltaram ao normal e pude voltar ao plano. Negação, e a melhor opção, negar que isto estava acontecendo. Por um momento fui invadida por risadas amorosas e suplicas ocorrida há muito tempo atrás e então me obriguei a voltar à realidade.
A única coisa que os dois incompetentes fizeram foi ficar me olhando pasmos com a mandíbula frouxa, o que teme um vendaval recuou alguns passos e sua boca se mexia tentando forma palavras inutilmente mais acredito que sua intenção era rezar, típico dos humanos, recorrer a seu deus só quando esta com problemas e precisando de ajuda. Já o outro não fez nem o esforço de apontar a arma para mim, vale ressaltar que seria um ato em vão. Eu ainda não estava 100% e a dor esganava minha garganta, se não me controla-se poderia matar os três sem perceber e sem sentir remorso depois.
Bom... é... eu tinha que ajudar o policial, não porque ele seja inocente (o que não descobri ate aquele momento) mais porque ele lutou bravamente, foi como ver o novo líder do rebanho matando os filhotes do líder antigo, sua vontade e de impedir mesmo sabendo que deveria deixar a natureza seguir seu curso. Talvez o espírito natalino tenha baixou em mim... hahaha... ate parece que eu me renderia a uma tolice dessas, sou mais evoluída.
Arrebentei a coisa branca que prendia seus pulsos sem machucá-lo. Passei meu braço direito por baixo de sua costa, ele gemeu um pouco mais não me impediu só me olhava ainda atordoado e talvez um pouco feliz mais bem fraco por perder tanto sangue. O levantei para que sentasse, tinha entre 1,85 e 1,90 de altura, mas seu corpo é bem largo por causa dos músculos, com a mão esquerda peguei seus braços e coloquei ao redor do meu pescoço, ele fez força para se segurar mais não o suficiente.
- Pode segurar com força, não vai me machucar. – por um momento ele quase chorou. Meu coração apertou, não suportaria ver seus olhos cor violeta chorando.
Mais as lagrimas não caíram, só balançou a cabeça e segurou o mais forte que podia, sendo assim, passei o braço por baixo de suas pernas e o carreguei. Cara, essa deve ter sido uma cena no mínimo hilária para qualquer humano: uma mulher carregando no colo um cara com quase o triplo do seu peso. Pena que meu publico estava muito chocado para apreciar minha performance. Olhei para os dois, dei o meu sorriso mais travesso, uma piscadinha e levei a vitima deles embora.