ALGUMAS HIPOCRISIAS HUMANAS


  Na definição da palavra de origem Grega: Hypocrísia, é palavra sinônimo de  falsidade, simulação e está inserida no contexto humano e, nessa síntese,  a cada dia que passa é mais evidente, sensível, marcante, destruidora e cruel. Vivemos em cima de suposições, quando o ‘se’ é seguido pelo ‘quem sabe’; e o saber é sempre relativo ao ‘pode ser’ ou motivado por, depende de... e assim por diante.
   Criamos Dogmas, onde a certeza tem em seu conteúdo , a falsidade como raiz e a imposição como fé. Ditamos regras aos outros, pois a nós: os seus criadores, sabemos como as podemos burlar; na impunidade do anonimato e do ‘poder que nos beneficia’.    
    Em todos os seguimentos sociais, políticos, religiosos, ou simplesmente grupais- o todo, é por sua própria definição irreal e inadmissível- o homo sapiens,trás ou faz, suas verdades .
 Somos hipócritas na convivência, pois a nossa conivência vai até, ou enquanto, estivermos nos beneficiando. Sentindo-nos donos da situação, do objeto de nossos desejos, mas sem medir os riscos de perda; pois a perda terá sempre um culpado, o qual, indiscutivelmente: nunca seremos nós.
 A cada instante de nossas vidas, “individuais”, queremos ditar conceitos “coletivos”, onde os parâmetros utilizados, são, e serão sempre, meras suposições, que retirados de um pequeno percentual de semelhantes -iguais inexistem- são defeituosos na raiz e por isso todos eles continuarão: Simples divagações!
 São inúmeras as situações onde a hipocrisia humana é evidenciada e, a verdade, mesmo que relativa, deixa muito clara essa particularidade intrínseca do único animal pensante na face da terra: O homem.
    Posso enfatizar alguns desses conceitos hipócritas,os quais na minha concepção como espírita, sublinhei: A falsidade, como premissa; a ilusão, como  bandeira e o medo, como ingrediente maior, ou seja: A morte física. Não!..Eu, não me julgo dono; nem sequer inquilino da verdade, e sim, apenas um observador critico de mim mesmo e dessa minha imperfeição material e espiritual. O medo da morte e a sua incerteza do quando , como, e do porquê, gera nos homens a maior vertente para que a hipocrisia se faça presente, pois é quando a falsidade se faz mais evidente e o disfarce vem como a mais hipócrita das afirmações: Deus foi omisso!... O Diabo foi culpado!... Isso não poderia ter acontecido!... Ou, aquela frase que ainda ouvimos de muitos: - As guerras, são um mal necessário, pois se não fossem elas, não haveria lugar na terra prá todos nós.
     Assim, é, que sempre plantamos e envenenamos, o que comemos , o que bebemos, poluímos o ar que respiramos, desmatamos em nome do progresso e destruímos o mais importante de tudo: A Credibilidade Divina.
    Vendemos lugares no Céu, condenamos seres semelhantes a nós, ao Inferno; onde um demônio, de costas largas, pelas nossas culpas, irá nos acolher Aceitamos falsos heróis e ídolos de barro usuários de drogas , invertemos nossos valores em proveito próprio, e o pior de tudo: omitimo-nos quanto ao futuro, mesmo sabedores da sua destruição no presente.
    Nossa hipocrisia chega ao auge quando temos a petulância de pensar como Deuses e agir como demônios; de pressupormos que podemos ser perdoados ou condenados por homens como nós e que seremos ressuscitados para sermos julgados por nossas imperfeições e não por nossos espíritos omissos.
   A hipocrisia, é um estopim aceso, na mais letal e poderosa das armas de destruição que o homem possui: A Vaidade .             
    E assim caminha a humanidade :"Hipocritamente!"
Gildo G Oliveira
Enviado por Gildo G Oliveira em 21/02/2011
Reeditado em 06/01/2018
Código do texto: T2804960
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