Queer as floks e o mito.

Tardiamente assisti a série. Na verdade foi uma maratona, sou meio obssessiva, não consigo parar quando o assunto me interessa.

Refleti sobre a causa gay, locamente, esses dias. Tenho relfetido nisso, baseada na realidade e agora, também, na série.

Certo, certo, vocês me perguntarão:

- que tem a ver isso? tudo está como sempre foi.

Ao que lhes responderei então:

- está?

Tenho visto nas ruas da cidade, e também na tv que mostram ruas de outras cidades, travestis se protituindo. Todo mundo acha normal isso?

Eu não acho. Eu não acho normal prostituição, mesmo sabendo que é a mais velha profissão do mundo e, as vezes, a única alternativa para mulheres que de alguma forma foram rejeitadas. Claro, algumas delas optam por essa vida "fácil", que de fácil mesmo não tem nada. Existem algumas pessoas totalmente perdidas, tem sim.

O fato é que trocar, seja lá o que for por sexo, não é denotativo de que essas mulheres e esses homens e esses transexuais são pessoas perdidas. Acho perdidas as que compram essa mercadoria, que como todas as outras precisa de produção e consumo. Consumir sexo faz com que hajam protitutas, desde o começo do mundo.

Do seriado que assisti posso dizer que eles usaram sexo gay como atrativo, uma vez que muitas pessoas só queriam mesmo ver isso, mas que também me deu um profundo estalo na mente - até o Rex (o dinossauro que mora na minha cabeça) se assustou.

O mundo não interpreta os gays como pessoas comuns. O mundo cria um micro universo, para não usar a palavra gueto, onde os homossexuais trafegam com sua liberdade restrita.

- "Seja gay onde a visão de sua emotividade, de sua sexualidade, de sua maneira de interpretar o mundo não nos incomode. Seja engraçado, seja caricato e riremos de suas piadas".

Bem, eu não acho que os sentimentos das pessoas seja piada. Não acho mesmo. E tenho quase certeza que o casal gay que não pode se beijar na rua sem causar uma onda de violentos protestos também não acha.

Beijos são irrefrutáveis provas de amor. Beijocas, litlle kisses, cheirinhos. Beijoco meu marido onde estiver e não somos gays, sou nove anos mais velha que ele, sou gorda e já notei olhares atravessados, que me irritaram um pouco e me divertiram um bocado.

As pessoas acham que tem o direito de permitir ou proibir que quem se ama manifeste seu carinho. Evidentemente que não é daquele "chupão" enlouquecido do que estou falando, nem do "pega ali-pega acolá". Acredito que minifestações sexuais mais explícitas, de todas as pessoas, devam ser executadas preferencialmente num espaço particular, para isto existem motéis, quartos, alcovas, casas.

Estou me referindo a um jovem casal gay que conheço e amo. Crianças lindas, meninos gentis, pessoas de bem e que não podem e tão cedo não pdoerão usufruir do direito de andar de mãos dadas, trocar beijocas, como qualquer outra pessoa, sem que alguns puritanos de plantão (vocês conhecem o tipo: tem amantes, olham as saias das menininhas impúberes, falam mal da vida alheia e não perdem a chance de se dar bem mesmo que todo mundo se dê mal) tem um chilique, ou façam piada.

Sei lá...eu respeito as pessoas...sou esquisita?