RESPEITO............................

Sou duro com a falta de respeito. Em que se concentra a falta de respeito? Se minhas manifestações são gerais em minha opinião, se em nada atingem particularidades nem as nomeia, os que atacam essa posição devem se colocar respeitosamente, serão recepcionados e considerados. Uma coisa é o contraditório saudável, construtivo, com finalidades comuns, outra é fazer divisão de ideias ou ideia sem nenhum fundamento.

Por exemplo, se digo que não gosto de uma coisa, mas de outra, você tem direito de discordar contra o geral, mas não contra o particular que me diz respeito, que incorpora meu credo, minhas vontades, minha eleição como pessoa, como cidadão.

Ninguém pode ser árbitro do que gosto, ou do que elejo como melhor, ou do que sou sem querer ter sido, ou de minha condição como pessoa ou cidadão; são particularidades que ninguém tem o direito de criticar se meus gostos e vontades não contrariam direito de terceiros.

É estatuto pessoal meu, só meu, ninguém deve achar isso ou aquilo do que acho a meu respeito ou sobre minha vida, se achar acha indevidamente, é achismo. Eu, pelo menos eu, não dou esse direito a ninguém. Minha vontade é só minha quando não interfere nem viola direito de terceiro, mesmo de opinião, e se quiserem invadir o que acho, minha privacidade, se ponham em defesa do que vão ter que ouvir.

Felizmente não estou exposto a essas mazelas, fruto sempre da ignorância, da incompreensão da vida, das limitações de apreensão inteligencial. A isto chama-se disfunção social de nivel interpretativo, o famoso equívoco de convívio que por vezes frequenta rodas que seriam, condicional, destaque-se, esclarecidas. Mas são obtusas..

Nesses meandros habitam mentes distróficas por ausência de nutrientes necessários, ou os que alucinam e comprometem, neurônios dispersos, botos e nebulosos.É preciso estar atento para reprimir o desrespeito à privacidade em ser com o devido respeito à pessoalidade de cada um.É, inclusive, direito constitucional.

Já basta nossa exposição pública, como seres coletivos, às falcatruas e desmontes de nossa cidadania pelos homens públicos. Façamos respeitar, a qualquer preço, nossas individualidades, e que os indevidos se recolham às suas insignificâncias quando quiserem palpitar sobre nossas vidas, opiniões, e motivações.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 20/02/2011
Reeditado em 20/02/2011
Código do texto: T2804241
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