Sobrecarga é incompetência

A Dilma

A idéia de que é preciso suar sangue para se obter êxito está na base mental da grande maioria de pessoas maltratadas pela cruel busca de sucesso. Nos países subdesenvolvidos este culto vem ligado a hipocrisia da força de trabalho exaurida até o salário mínimo. Com a mentalidade de sugar o sangue ao máximo do empregado o máximo que alcançamos foi o salário irrisório com nome de mínimo.

Seguidas vezes nos deparamos com aqueles defensores da tese do grande esforço para conquista das metas. Fruto do escravismo e da sociedade aberta a corrupção em nome do efeito fútil do entesouramento vindouro. O esforço colossal faz às vezes de ordem moderadora. O herói necessita do sofrimento para garantira posse de todo o seu heroismo.

Já o conforto não é considerado como o mais alto grau de gerenciamento no seio popular. A fluência do conforto nas atividades como obra do raciocínio fluente no campo lógico, só não é um exercício de pura técnica porque a grande e impiedosa maioria prefere consolidar o significado dentro de um ciclo de sacrifícios. Ciclo da sacrificação dos resultados em ausência de planos de meta.

Com a ingerência tecnológica e o alto grau de desenvolvimento podemos alcançar a excelência do menor esforço (sem tranbiques) sem os clichês da força, melhorando as condições da extenuação, refutando a sobrecarga, evitando surmenage nos meios de produção. Pensar primeiro, estudar e agir com certeza de êxito é técnica milenar concentrada na minimização dos esforços. Precisamos relegar o cansaço aos atletas.

Claro que isso não retira completamente do trabalho a gama dos esforços, mas aprimora a capacidade de se colocar o vitorioso em posição antecipada da vitória. O conforto e o prazer são energias compensatórias. Mesmo num canteiro de obras a reposição das energias pela comida e água deviam ser preocupação segura, diferente das três refeições usuais por conta e risco do trabalhador. Testemunhei operários da prefeitura capinando no sol escaldante sem proteção, sequer um chapéu de palha que fosse, rogando nas casas um pouco de água. No tempo do cantil inventado. O fator "competitividade selvagem" da atualidade o trabalhador é levado a aceitação da inexistência de evolução tecnológica para o seu mundo insólito de vagas. A técnica do conforto no trabalho para maior perícia é trocada pela aceitação rápida de contratos diante de tamanha necessidade. Ainda se trabalha para apenas matar a fome e alimentar impostos.

Os que creem na idéia de sacrifício são herdeiros das velhas tiranias sempre predispostas a destruição do trabalhador, digo trabalhador em todas as áreas sociais. É preciso ensinar o povo brasileiro a fortaleza da sua unidade aliada a tecnologia sem diluição no vazio da multidão ofendida. Dispor de tecnologia real para a mais forte das energias: o trabalho compensado. Nada mais vivo e mais rico do que o trabalho compensado. Essa força tão iludida no país...

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Canção

Reuso de água: sol. lavoura verde.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 20/02/2011
Reeditado em 20/02/2011
Código do texto: T2803155
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