Ser é perceber ou ser percebido
Berkeley em sua forma de interpretar o mundo defendia: ser é perceber ou ser percebido.
Ele deveria ter suas razões para assim pensar. Eu pessoalmente não concordo com a forma restritiva desta assertiva. Sendo materialista científico, e tentando não abrir mão de algum racionalismo crítico, entendo que ser é muito mais que perceber ou ser percebido. A realidade não decorre das aparências, nós é que em nossa incompletude e impossibilidade sensorial de tudo observar somos incapazes de ver em toda essência e enxergamos limitados a aparências superficiais.
Ser, conforme entendo, transcende em muito os atos de perceber e ser percebido. Suponhamos, por hipótese que um ser humano saudável mentalmente viva afastado, em uma floresta sem a presença de nenhum outro animal multicelular. Suponhamos a bem deste exercício mental que vivam apenas plantas, vírus e bactérias (vírus e bactérias posto que estão em qualquer lugar e inclusive em nós próprios). O importante é imaginar que não exista nenhuma outra forma de vida com nada parecido com cérebro, assim a capacidade de observação por terceiros é impossível.
Eu sei... Berkeley falou ser percebido ou perceber, este ser humano poderia se perceber a si próprio... Sim é verdade, mas em continuação a nossa hipotética experiência, imaginemos que este desafortunado ser humano, esteja tomado de inúmeros afazeres, ou mesmo alguma deficiência cerebral que o coloque ausente de sua própria existência, que sequer sobre tempo para se perceber como algo. Pela assertiva berkeliana o ser não existiria, mas é lógico que o ser, um ser, talvez até múltiplos seres que não cabe neste texto aprofundar, existam naquele ser humano.
Karl Popper diz que Berkeley sendo instrumentalista, considera as teorias científicas como hipóteses matemáticas que só devem ser vistas para especular sobre as aparências.
Berkeley em sua forma de interpretar o mundo defendia: ser é perceber ou ser percebido.
Ele deveria ter suas razões para assim pensar. Eu pessoalmente não concordo com a forma restritiva desta assertiva. Sendo materialista científico, e tentando não abrir mão de algum racionalismo crítico, entendo que ser é muito mais que perceber ou ser percebido. A realidade não decorre das aparências, nós é que em nossa incompletude e impossibilidade sensorial de tudo observar somos incapazes de ver em toda essência e enxergamos limitados a aparências superficiais.
Ser, conforme entendo, transcende em muito os atos de perceber e ser percebido. Suponhamos, por hipótese que um ser humano saudável mentalmente viva afastado, em uma floresta sem a presença de nenhum outro animal multicelular. Suponhamos a bem deste exercício mental que vivam apenas plantas, vírus e bactérias (vírus e bactérias posto que estão em qualquer lugar e inclusive em nós próprios). O importante é imaginar que não exista nenhuma outra forma de vida com nada parecido com cérebro, assim a capacidade de observação por terceiros é impossível.
Eu sei... Berkeley falou ser percebido ou perceber, este ser humano poderia se perceber a si próprio... Sim é verdade, mas em continuação a nossa hipotética experiência, imaginemos que este desafortunado ser humano, esteja tomado de inúmeros afazeres, ou mesmo alguma deficiência cerebral que o coloque ausente de sua própria existência, que sequer sobre tempo para se perceber como algo. Pela assertiva berkeliana o ser não existiria, mas é lógico que o ser, um ser, talvez até múltiplos seres que não cabe neste texto aprofundar, existam naquele ser humano.
Karl Popper diz que Berkeley sendo instrumentalista, considera as teorias científicas como hipóteses matemáticas que só devem ser vistas para especular sobre as aparências.