Nem tudo que reluz é ouro.

Ditado popular tem sua época própria, alguns permanecem em uso por muitos anos. Lembro de alguns que ouvi na minha infância e juventude. Minha avó Philogônia, nome real de minha avó, usava muitos ditados. Um é para mim especial.

O COSTUME DE CASA VAI À PRAÇA. Eu era criança e eu sabia que estava fazendo algo errado ao escutar ela falar isso, mesmo não entendendo o sentido da frase. Quando me tornei criança grande entendi e concordei totalmente com minha avó.

O costume é aquilo que fazemos costumeiramente na nossa casa, a praça é a casa de outra pessoa. Há coisas que não devemos fazer nem em nossas casas sob o risco de fazermos na casa de outras pessoas. Há coisas que só podemos fazer em nossas casas. Essa lição eu aprendi.

EM CASA DE ENFORCADO NÃO SE FALA EM CORDA. Esse ditado era muito usado pelo pai de amigos de minha juventude. Muito conservador, muito austero na educação dos filhos. Esse ditado eu entendi na primeira vez que ele falou em minha presença.

EM TERRA DE CEGOS QUEM TEM UM OLHO É REI. Este é muito dito no congresso nacional.

MAIS VALE UM PEITO NA MÃO QUE DOIS NO SUTIÃ. Esse é o preferido de meu irmão.

NEM TUDO QUE RELUZ É OURO. Esse eu até hoje não consegui entender. O problema da frase para mim é o ouro. Seria esse ouro a famosa metáfora? O sol brilha, tem luz própria. Estrelas brilham pelo mesmo motivo. Aliais o sol é uma estrela. Tia Tetéia me insinou isso. A lua brilha, mas não tem luz própria. Algumas pessoas são brilhantes, mas não brilham. Algumas pessoas brilham, mas não são brilhantes. Não consigo entender esse ditado. Meu problema é o ouro.









 
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 19/02/2011
Reeditado em 06/10/2011
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