DA LIBERDADE OU DO LIVRE ARBÍTRIO

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A liberdade é uma verdade teleológica.

Se há limites para a liberdade, a tal liberdade sob o peso das normas ou medidas coercitivas deixará de subsistir, no entanto, se inexistir óbices à liberdade, ela será capaz de interferir na convivência racional ou “status quo” do outro, e revestir-se com a indumentária da libertinagem ou anarquismo.

Destarte, a imposição de limites, regras ou normas. fere o princípio de Liberdade. uma vez que, sob tais forças coercitivas se é forçado a renunciar à liberdade a partir do momento em que ela passou a interferir na liberdade do outro.

Dessa forma, enquanto a Liberdade relativa fere o seu próprio conceito ou princípios, a absoluta também deixa de sê-la pois transformou-a numa "liberdade" infratora dos usos e costumes nos quais estão inseridos em cada cultura a ética e a moral.

Vale portanto lembrar que, a medida em que a liberdade do homem vai crescendo, com ela também cresce passo a passo a responsabilidade e. considerando a Liberdade sobrevivendo aliada com a responsabilidade, isoladamente, podemos concluir que tal liberdade não existe nem relativa nem absoluta.

Fácil tornar-se-à aduzir então, que, para não ferir o conceito de Liberdade só seria possível concebê-la em sua totalidade, a qual, no entanto, pousada sobre o solo desse extremo limite, anularia também o seu real significado.

Como diria Antoine de Saint-Exupéry: “Só conheço uma liberdade, e essa é a liberdade do pensamento”

Sob esse cenário de argumentos ou premissas, o homem é escravo de si mesmo, e não tem capacidade para exercer o livre-arbitrio, mesmo porque como diz a Escritura Sagrada: “o homem está morto em seus delitos e pecados". "Não há na terra nenhum justo, nenhum sequer". Sem a iluminação divina nenhum homem tem a capacidade nascida em si mesmo de forma espontânea de buscar a Deus, mesmo que pense ter sido de sua autoria a iniciativa de buscá-lo.

Deus é soberano e dele somos somente seus servos, ou seja, escravos quase todos no simples "status" de criaturas, e muitos como filhos seus adotados à mercê da Graça Irresistível, dádiva real revelada.

Assim, o livre-arbítrio (liberdade - que para ser liberdade tem que ser total - do homem) é uma utopia que fere não só os princípios elementares da lógica como a própria soberania de DEUS.

Todos os atos de DEUS antes que os mundos fossem fundados, não apresentam evasivas pois são determinantes,melhor dizendo: determinados em Cristo Jesus, início, princípio e fim.

Graça e Paz

Ir. Gilberto Maia

Gilberto Maia Lorenzo
Enviado por Gilberto Maia Lorenzo em 18/02/2011
Código do texto: T2800671
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