TAGARELANDO

“Pobre não pode subir em tijolo que já quer fazer discurso”
“O mal do urubu é pensar que o boi tá morto”
São dois dos provérbios populares que ouvia meu finado tio repetir...
Um nome a ser lembrado. Só acreditei que ele morreu, pois fui ao enterro. Vi as pontinhas de sua arcada dentada na boca, bela por sinal, entreaberta. Teimoso ele não tomava os antipertensivos e lá foi... A alma dele vem me assombrar vez em quando... Não acredito que ele viva vagando por aí, mas ele vaga entre aqueles que conviveram com a exótica e controvertida personalidade. Um autodidata por excelência. Herdou de vovô essa qualidade. Levei mais de um ano para tomar coragem e passar em frente a sua casa sem chorar. Se não era visível, era interno meu chororô. Enfim liberei meu tio da tarefa em me fazer rir em vida. Aí postei ao meu primo uma versão novidade: “Pobre não pode subir em gilete que quer fazer discurso!” Arrependi-me. Que idéia infeliz. Ele é filho. Ainda sofre. Eu também sofro. Só estou conformada. Aliás, nem por Marta chorei menos... Eu vou dar uns tapas em Marta. Ela não tinha esse direito. Nem ela nem Maria.
Entretanto em algumas coisas não se pode estar ao mesmo tempo em dois lugares.
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Se eu escrever ASSIM, tudo em maiúscula significa um grito?
INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 18/02/2011
Reeditado em 23/07/2011
Código do texto: T2800663
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